Coach que colocou em perigo 32 pessoas se defende
"Quem não quer correr risco fica em casa vendo stories", afirmou o líder de uma expedição ao Pico dos Marins
Nesta semana, mesmo com fortes ventos e tempestade, o coach Pablo Marçal e seu grupo partiram para subir o Pico dos Marins, em Piquete (SP). Horas depois, eles precisaram ser resgatados pelo Corpo de Bombeiros.
Os profissionais que socorreram as 32 pessoas classificaram a expedição como a “pior ação já vista no Pico dos Marins”. Marçal fez uma live no YouTube para se defender. Segundo ele, apesar de terem passado por situações de muito risco, “cada um estava sob a própria responsabilidade”.
“Algumas pessoas não suportam quem corre risco. Se você é uma pessoa que não corre risco, dificilmente você vai governar ou chegar no topo”, disse.
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“Na nossa subida ontem na montanha, a gente correu muito risco. Aí alguém me fala: ‘Mas pra que correr risco?’ Se você não quer correr risco, fica na sua casa assistindo os stories.”
O grupo foi resgatado na última quarta-feira, 5. Originalmente, a expedição contava com 60 integrantes, mas só 32 seguiram adiante.
Com as condições adversas e registrando tudo nas redes sociais, Marçal insistiu em subir o Pico, orando para que Deus parasse o vento.
“Eu sei no meu coração que dá pra subir. Vai ser a pior experiência de todas. Nós sabemos que, do jeito que está aqui, não dá para subir. Mas uns pararam o sol, outros voltaram o tempo. A gente não tá pedindo nada disso. Só estamos pedindo para o Senhor desviar o vento”, pediu em oração.
Ele tentou convencer as pessoas de que a expedição “era uma chance de crescimento”.
Os bombeiros acionados depois das 2h30, quando a temperatura estava baixa e barracas foram arrastadas pela ventania. Sob essas condições, há um alto risco de hipotermia.
“Eu não recuei até agora nada nesses últimos anos, desde quando eu trabalhava de atendente de call-center, em 2005″, afirmou Marçal.
“Não me lembro de nenhuma coisa que me propus fazer que não consegui fazer. ‘Pablo, uma hora você pode morrer.’ Qualquer hora a gente pode morrer, mas é terrível você não poder viver o que quer viver e fazer as coisas que precisa fazer”, completou na live.