O uso de medicamentos como o Ozempic está sob escrutínio devido aos seus impactos na saúde bucal. Relatos recentes apontam para um fenômeno, apelidado de “hálito de Ozempic”, que preocupa usuários e profissionais.

Usuários, em vários locais, têm experimentado um odor persistente e diferenciador, intrinsecamente ligado ao medicamento.

O Ozempic, destinado ao controle da glicose e da fome, afeta o fluxo salivar dos usuários. Esse efeito colateral, conhecido como xerostomia, significa uma redução indesejável de saliva. Sem este líquido imprescindível, a boca perde a linha de defesa natural contra bactérias.

Isso pode facilitar o desenvolvimento de cáries, problemas gengivais e mau hálito. Hálito de Ozempic, portanto, emerge como uma consequência direta e um aviso para os usuários dessas medicações.

Desgaste dental acelerado

A xerostomia também contribui para a erosão dentária. Sem saliva suficiente, os dentes ficam expostos ao ácido que normalmente seria neutralizado.

Além disso, o uso de Ozempic pode provocar refluxo gástrico, que agrava o desgaste dos dentes. Pacientes relatam ainda uma aparência escura na língua e alterações no paladar, frequentemente descritas como metálicas, aumentando o desconforto.

Estratégias para diminuir os danos

Para contrabalançar esses efeitos, a manutenção da saúde bucal é essencial. Recomenda-se a prática de boa higiene oral: escovar os dentes regularmente, utilizar fio dental e manter-se hidratado.

Estas práticas ajudam a mitigar os efeitos nocivos e proteger o esmalte dos dentes, segundo especialistas. Consultas frequentes ao dentista podem garantir que problemas sejam identificados precocemente e tratados efetivamente.

Embora “hálito de Ozempic” possa parecer um incômodo menor, ele reflete uma questão mais ampla de saúde oral fragilizada pelo uso de medicamentos à base de semaglutida. Apesar desses remédios serem eficazes no controle de peso e glicose, usuários precisam estar atentos aos impactos odontológicos.