É por isso que não existem montanhas na Terra com mais de 9.000 metros de altura
Rochas mais resistentes e clima sem erosão permitiriam picos maiores.
Os picos mais altos do planeta, como o Monte Everest, despertam fascínio mundial, mas existe um limite natural para a altura que uma montanha pode atingir na Terra devido a fatores geológicos e ambientais. Apesar de o Everest ter impressionantes 8.849 metros, esses limites contrastam com o que ocorre em outros lugares do Sistema Solar, como Marte, onde montanhas como o Olympus Mons superam os 22.000 metros de altura.

Por que não existem picos terrestres com mais de 9.000 metros
Nenhum pico terrestre ultrapassa a marca dos 9.000 metros porque diferentes processos atuam em conjunto para restringir o crescimento das montanhas. Estudos antigos sugeriram montanhas hipotéticas bem mais altas, mas fatores como a composição das rochas da crosta e as condições ambientais impedem a formação de montanhas maiores.
O movimento das placas tectônicas é responsável pela elevação de cadeias como o Himalaia, mas, à medida que as montanhas crescem, o peso exerce pressão nas camadas mais profundas, tornando as rochas plásticas e limitando a altura possível.
Quais fatores naturais limitam a altura das montanhas
Além da pressão interna causada pelo peso das rochas, fatores externos desempenham um papel essencial na limitação da altura das montanhas. Fenômenos naturais como vento, chuva e gelo promovem erosão constante, impedindo o acúmulo contínuo de material no topo das montanhas.
A erosão causada por agentes externos trabalha em oposição ao crescimento tectônico, criando um equilíbrio que determina a altura máxima dos grandes picos terrestres. Entre os fatores mais relevantes estão:
- Ventos intensos desgastam e transportam partículas de rocha.
- Chuvas frequentes provocam deslizamentos e transporte de sedimentos.
- Geleiras escavam vales e ampliam fendas, enfraquecendo as estruturas.
Como a erosão controla o tamanho das grandes montanhas
Acima de 5.000 metros, as encostas das montanhas são fortemente moldadas por processos erosivos, como o movimento de gelo glacial e a ação constante da água em suas diversas formas. Esses processos enfraquecem e modelam as encostas enquanto removem material dos topos.
A erosão, combinada ao clima rigoroso das grandes altitudes, atua como um limitador natural do crescimento das montanhas, funcionando em equilíbrio com a elevação provocada pela tectônica.

O que seria necessário para formar montanhas mais altas que o Everest
Para que picos maiores do que o Everest pudessem se formar na Terra, mudanças significativas seriam exigidas no ambiente e na constituição das rochas. A resistência das rochas e a redução da intensidade dos processos erosivos seriam essenciais para permitir a formação de estruturas mais elevadas.
Veja abaixo algumas dessas condições essenciais discutidas por geólogos e pesquisadores:
- Mudança da composição e resistência das rochas.
- Diminuição dos agentes erosivos, como água e vento.
- Redução da gravidade, como ocorre em outros planetas.
Como funcionam os ciclos naturais das montanhas terrestres
A altura das montanhas na Terra resulta de um equilíbrio dinâmico entre elevação tectônica e remoção por erosão. Em fases iniciais, o crescimento pode ser rápido após colisões tectônicas, mas com o tempo, erosão e gravidade estabilizam esses picos.
Estes processos moldam o cenário terrestre e explicam a existência de grandes montanhas, sempre restritas a limites definidos pela atuação conjunta das forças naturais e pela física do planeta.