Esse é o verdadeiro motivo para não se esquentar plástico no micro-ondas

Calor do micro-ondas libera aditivos tóxicos que migram direto para alimentos

21/11/2025 20:36

Esquentar alimentos diretamente em recipientes plásticos no micro-ondas é um hábito comum, porém pode trazer riscos para a saúde devido à liberação de compostos tóxicos e microplásticos. Entender o que acontece nesse processo auxilia na escolha de práticas mais seguras no dia a dia.

Ao longo deste texto, serão detalhados como o aquecimento do plástico pode liberar substâncias perigosas, os principais riscos associados à saúde, quais materiais representam maior perigo, maneiras de minimizar danos e alternativas mais seguras para reaquecer refeições.

A exposição de recipientes plásticos ao calor do micro-ondas pode desencadear a liberação de aditivos
A exposição de recipientes plásticos ao calor do micro-ondas pode desencadear a liberação de aditivos

O que ocorre quando o plástico é aquecido no micro-ondas?

A exposição de recipientes plásticos ao calor do micro-ondas pode desencadear a liberação de aditivos, incluindo bisfenol A (BPA) e ftalatos, que são usados na produção desses materiais. Essas substâncias tendem a migrar para os alimentos quando expostas a altas temperaturas, aumentando o risco de ingestão acidental.

Além dessas substâncias químicas, partículas conhecidas como microplásticos podem se desprender dos potes durante o aquecimento, misturando-se aos alimentos, o que levanta preocupações sobre efeitos a longo prazo causados pela ingestão contínua dessas partículas.

Quais são os principais riscos dessas substâncias para a saúde?

Muitos dos compostos presentes em certas embalagens plásticas, como o BPA, são classificados como desreguladores endócrinos e podem interferir nos processos hormonais do corpo. Essas alterações podem impactar a fertilidade, crescimento, metabolismo e até elevar o risco para desenvolvimento de certos tipos de câncer.

Estudos recentes também apontam que a ingestão frequente de micro e nanoplásticos pode contribuir para a inflamação, problemas celulares e acúmulo dessas partículas no organismo, levantando novas preocupações quanto à segurança do uso prolongado desses recipientes no aquecimento de alimentos.

A exposição de recipientes plásticos ao calor do micro-ondas pode desencadear a liberação de aditivos
A exposição de recipientes plásticos ao calor do micro-ondas pode desencadear a liberação de aditivos

Quais tipos de plásticos representam maior perigo ao serem aquecidos?

Nem todos os plásticos reagem da mesma forma ao calor. Existe uma diferença significativa na composição e nos riscos envolvidos de acordo com o tipo de resina utilizada em cada produto.

  1. PVC (código de reciclagem 3): Possui maior chance de liberar ftalatos e outros aditivos tóxicos.
  2. Poliestireno ou isopor (código 6): Pode liberar estireno, associado a riscos de câncer.
  3. Plásticos identificados como “7 – outros”: Incluem o policarbonato, conhecido pelo alto teor de BPA.

Existem maneiras seguras de usar plástico no micro-ondas?

Em alguns casos, o uso do plástico no micro-ondas pode ser reduzido ou feito com precaução. Priorizar recipientes rotulados como “microwave-safe” e que sejam isentos de BPA é um passo importante.

Outra recomendação é aquecer os alimentos em intervalos curtos e mexê-los no meio do processo, reduzindo os chamados pontos quentes que aceleram a migração de compostos e o desgaste do material.

Quais são as alternativas mais seguras para aquecer alimentos?

Optar por recipientes feitos de materiais como vidro, cerâmica e inox é a principal orientação quando se busca evitar riscos desnecessários à saúde durante o uso do micro-ondas.

Esses materiais não liberam substâncias químicas prejudiciais no aquecimento, proporcionando maior tranquilidade e segurança na rotina alimentar doméstica.