Esses aparelhos nunca devem ser ligados em régua de tomadas em casa

Ligar eletrodomésticos potentes na régua de energia pode causar aquecimento excessivo

26/12/2025 20:36

Em muitas residências, a régua de energia, também chamada de filtro de linha ou extensão múltipla, se tornou item comum para ligar vários aparelhos ao mesmo tempo, mas o uso incorreto pode transformar essa facilidade em um risco significativo para a segurança doméstica, sobretudo quando aparelhos de alta potência são conectados sem atenção à capacidade do dispositivo.

Um erro muito comum é o “efeito cascata”: conectar uma régua em outra ou em uma extensão para multiplicar tomadas
Um erro muito comum é o “efeito cascata”: conectar uma régua em outra ou em uma extensão para multiplicar tomadasImagem gerada por inteligência artificial

O que não deve ser ligado em uma régua de energia?

Em geral, o problema surge quando aparelhos de alta potência são conectados em um ponto projetado apenas para cargas leves, o que provoca aquecimento excessivo e risco de incêndio.

Entre os exemplos mais comuns estão eletrodomésticos de cozinha, aquecedores portáteis, equipamentos médicos e aparelhos de climatização. Esses itens devem ser conectados diretamente à tomada da parede, em circuitos adequados, e não compartilhados em uma régua com outros dispositivos para evitar sobrecarga e quedas de energia.

Quais eletrodomésticos de cozinha exigem tomada direta?

A cozinha concentra vários aparelhos que consomem muita energia, como micro-ondas, torradeira, cafeteira elétrica, mixer potente, forno elétrico, fritadeira elétrica (air fryer) e panela elétrica. Quando esses equipamentos são ligados em uma régua de energia comum, a fiação interna do acessório pode não suportar o esforço e aquecer além do limite seguro.

Por isso, a recomendação técnica é que esses eletrodomésticos sejam sempre ligados em tomadas individuais na parede, de preferência em circuitos próprios dimensionados para cargas maiores. Em cozinhas com muitos aparelhos, é indicado um projeto elétrico específico para evitar improvisos com extensões e réguas e reduzir o consumo em modo de espera.

Por que equipamentos médicos e aparelhos de aquecimento não devem usar régua de energia?

Dispositivos de uso médico domiciliar, como máquinas de CPAP, nebulizadores, concentradores de oxigênio e carregadores de cadeiras de rodas motorizadas, exigem alimentação estável e confiável. Uma falha na energia fornecida pela régua pode interromper o funcionamento desses aparelhos em momentos críticos e comprometer diretamente a segurança do usuário.

Aquecedores portáteis, climatizadores, aparelhos de ar-condicionado de janela, desumidificadores e secadores de ambiente também demandam corrente elevada por longos períodos. A prática mais segura é ligar esses aparelhos em pontos exclusivos, com cabos em bom estado e sem adaptações improvisadas, reduzindo o risco de aquecimento anormal de tomadas e cabos.

Um erro muito comum é o “efeito cascata”: conectar uma régua em outra ou em uma extensão para multiplicar tomadas
Um erro muito comum é o “efeito cascata”: conectar uma régua em outra ou em uma extensão para multiplicar tomadasImagem gerada por inteligência artificial

Como usar a régua de energia com mais segurança?

Um erro muito comum é o “efeito cascata”: conectar uma régua em outra ou em uma extensão para multiplicar tomadas. Esse tipo de ligação amplia o risco de sobrecarga, porque vários conjuntos de tomadas passam a depender do mesmo circuito e, muitas vezes, de um cabo subdimensionado para a soma das cargas.

Para escolher e utilizar a régua de energia de forma mais segura, vale seguir algumas orientações simples que ajudam a preservar a instalação elétrica e os equipamentos conectados:

  • Evitar ligar aquecedores, micro-ondas ou ar-condicionado em réguas.
  • Não ligar uma régua de energia em outra nem em extensões em série.
  • Usar réguas com certificação e respeitar a potência máxima indicada.
  • Substituir réguas com sinais de desgaste, cheiro de queimado ou aquecimento excessivo.