Estudo revela suplementos baratos que aumentam a memória em idosos

Suplementos simples mostram potencial para melhorar a memória em idosos, reforçando a importância do equilíbrio intestinal para a saúde cerebral

10/08/2025 13:00

Quando se trata de saúde de idosos, a suplementação de vitaminas é essencial. Contudo, entre tantas opções, qual é a mais eficaz para a terceira idade? Pesquisas recentes indicam que suplementos diários simples e econômicos, como proteínas e prebióticos, podem melhorar significativamente a função cerebral em pessoas acima de 60 anos.

Um estudo publicado no início de 2024 revela que o consumo desses nutrientes está associado a melhorias na memória visual e no aprendizado — testes importantes para identificar os primeiros sinais da doença de Alzheimer. A pesquisa reforça a conexão vital entre um intestino saudável e um cérebro mais ativo.

Suplementos acessíveis que fortalecem a memória em idosos

O estudo, realizado no King’s College London, utilizou uma abordagem inovadora com gêmeos, reunindo 36 pares acima de 60 anos para distinguir os efeitos genéticos e ambientais.

Em cada dupla, um gêmeo recebeu diariamente um prebiótico — inulina ou FOS (frutooligossacarídeo) — enquanto o outro recebeu placebo proteico.

Após três meses, quem tomou prebióticos obteve pontuações cognitivas significativamente superiores, além de um aumento da bactéria benéfica Bifidobacterium no intestino, reconhecida por sua influência positiva nas funções cerebrais.

Essa descoberta reforça o papel do eixo intestino-cérebro, um sistema que regula a saúde cognitiva através da microbiota intestinal.

Estudos anteriores com animais já mostravam que prebióticos alimentam bactérias boas, mantendo o equilíbrio do organismo e influenciando positivamente a mente. Por isso, o intestino é frequentemente chamado de “segundo cérebro”.

A pesquisadora Mary Ni Lochlainn destaca o potencial da suplementação para preservar a saúde mental da população idosa, embora ressalte que benefícios físicos, como melhora muscular, ainda não foram observados.

A geriatra Claire Steves aponta que pesquisas futuras devem investigar a duração desses efeitos e ampliar o número de participantes para confirmar os resultados.