Expedição científica descobre tubarão gigante que aterrorizava oceanos há 340 milhões de anos
O tubarão Macadens olsoni possuía uma dentição singular, em espiral, que o tornava um predador implacável
Uma expedição científica realizada no Parque Nacional Mammoth Cave, nos Estados Unidos, trouxe à tona uma descoberta impressionante: o fóssil de um tubarão pré-histórico que habitou os mares há aproximadamente 340 milhões de anos.
Embora não seja um colosso em tamanho, os paleontólogos o classificaram como um “gigante” do seu ecossistema, dado o impacto que exercia sobre as cadeias alimentares de sua época.
O animal, batizado de Macadens olsoni, possuía uma dentição singular, em espiral, que o tornava um predador implacável para pequenos invertebrados marinhos.
Expedição científica descobre tubarão gigante que aterrorizava oceanos há 340 milhões de anos
A expedição foi liderada por uma equipe de paleontólogos norte-americanos que há anos estuda a complexa rede de cavernas de Mammoth Cave, o maior sistema subterrâneo conhecido no planeta.
Durante as explorações em camadas rochosas datadas do período carbonífero, os cientistas localizaram dentes fossilizados incrustados em calcário da Formação Ste. Genevieve.
Essa formação geológica corresponde a uma era em que vastas áreas da atual América do Norte estavam submersas por mares rasos, ricos em biodiversidade marinha.
A descoberta do Macadens olsoni não apenas amplia o catálogo de espécies do passado, como também reconfigura o entendimento sobre os ecossistemas marinhos do Paleozoico.
Embora o tubarão medisse cerca de 30 centímetros, sua morfologia sugere um predador altamente eficiente.
Seus dentes espiralados, perfeitos para triturar moluscos e vermes, revelam um nível de especialização pouco documentado em registros fósseis da época.
Descoberta do tubarão tem valor paleontológico e simbólico
Além do valor paleontológico, os pesquisadores destacam o significado simbólico da descoberta. O nome da espécie presta homenagem a Rickard Olson, um cientista veterano cujo trabalho foi fundamental para mapear os fósseis da região.
A expedição não apenas identificou o Macadens olsoni, mas também levantou questões sobre a classificação de outras espécies já conhecidas, como o Helodus coxanus, que pode ser realocado para um novo gênero.
Os próximos passos da equipe envolvem análises mais detalhadas da fauna fóssil das cavernas, com o objetivo de entender como esses antigos predadores influenciaram a evolução dos ecossistemas marinhos.
As cavernas de Mammoth Cave, longe de estarem esgotadas, prometem revelar ainda mais segredos sobre a vida no planeta há centenas de milhões de anos.