Gramma, a tartaruga-gigante-de-galápagos do zoológico de San Diego, morreu aos 141 anos

Estas criaturas impressionantes estão entre os animais mais longevos do planeta, superando facilmente a marca de um século de vida

29/11/2025 09:36

A tartaruga Gramma encerrou sua notável jornada de mais de um século após viver 141 anos. Residente mais longeva do Zoológico de San Diego, ela se tornou símbolo vivo da fauna das Ilhas Galápagos e testemunha de transformações históricas ao longo de décadas.

Nascida em seu habitat natural no arquipélago equatoriano, Gramma faleceu no dia 20 de novembro após enfrentar problemas ósseos relacionados à idade avançada. Sua trajetória extraordinária inspirou gerações de visitantes que conheceram a gentil gigante ao longo dos anos.

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Estas criaturas impressionantes estão entre os animais mais longevos do planeta, superando facilmente a marca de um século de vida

Como Gramma chegou ao Zoológico de San Diego?

A história da chegada de Gramma aos Estados Unidos remonta ao início do século XX, quando tartarugas de Galápagos começaram a ser transferidas para zoológicos norte-americanos. Embora não haja registro exato da data de sua chegada a San Diego, sabe-se que veio do Zoológico do Bronx.

Os detalhes conhecidos sobre sua trajetória antes de se tornar residente em San Diego incluem informações documentadas pelas instituições:

  • Chegada ao Zoológico do Bronx entre 1928 e 1931 como parte do primeiro grupo de tartarugas das Galápagos trazidas para cativeiro
  • Transferência posterior para o Zoológico de San Diego, onde passou a maior parte de sua longa existência
  • Testemunha de eventos históricos marcantes incluindo duas guerras mundiais e mandatos de 20 presidentes norte-americanos
  • Alimentação cuidadosa baseada em alface romana e suco de frutas de cactos, seus alimentos preferidos ao longo da vida

Veja o vídeo a seguir do canal de notícias italiano kodami sobre a morte da tartaruga Gramma:

Qual era a expectativa de vida das tartarugas de Galápagos?

Estas criaturas impressionantes estão entre os animais mais longevos do planeta, superando facilmente a marca de um século de vida. Em ambiente natural, as tartarugas gigantes podem viver mais de 100 anos, enquanto em cativeiro esse período praticamente dobra devido aos cuidados especializados.

O recorde mundial pertence a Harriet, outra tartaruga de Galápagos que viveu no Zoológico da Austrália até os 175 anos. Coletada nas ilhas em 1835 quando tinha apenas o tamanho de um prato, ela nasceu por volta de 1830 e morreu em 2006, superando até mesmo a longeva Gramma.

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Qual o estado de conservação das tartarugas de Galápagos atualmente?

O arquipélago abriga 15 subespécies diferentes de tartarugas gigantes, cada uma adaptada a ilhas específicas. Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza, a maioria dessas subespécies está classificada como vulnerável ou em perigo de extinção devido a ameaças históricas.

Os esforços de conservação nas últimas décadas produziram resultados encorajadores para a preservação dessas espécies:

  • Programas de reprodução em cativeiro iniciados em 1965 já liberaram mais de 10 mil tartarugas jovens em seu habitat natural
  • Algumas subespécies foram resgatadas do limiar da extinção através de iniciativas coordenadas pela Fundação Galápagos Conservancy
  • Nascimentos recentes em zoológicos demonstram vitalidade reprodutiva, como quatro filhotes nascidos na Filadélfia em abril de pais centenários
  • Casos surpreendentes incluem Goliath, tartaruga de 135 anos do Zoológico de Miami que se tornou pai pela primeira vez em junho

Por que Gramma era tão especial para os visitantes do zoológico?

Além de sua longevidade extraordinária, Gramma conquistou gerações pela personalidade doce e tímida que encantava quem a conhecia. Cuidadores a apelidaram carinhosamente de “rainha do zoológico”, reconhecendo seu status único entre os residentes da instituição.

Visitantes compartilharam nas redes sociais memórias emocionantes de décadas atrás, quando crianças pequenas podiam subir em seu casco, prática posteriormente proibida por questões de segurança. Muitos relataram ter retornado anos depois com os próprios filhos para apresentar a icônica tartaruga centenária, criando tradição familiar que atravessou gerações e perpetuou o legado de conservação que Gramma representava.