Idosa usava pedra avaliada em R$ 6,4 milhões como peso de porta, sem saber

Hoje, a pepita, considerada um dos maiores pedaços já encontrados, está exposta em um museu

06/09/2024 18:39

Pedra de âmbar avaliada mais de R$ 6 milhões era usada como peso de porta por idosa na Romênia – Divulgação/Museu Buzau
Pedra de âmbar avaliada mais de R$ 6 milhões era usada como peso de porta por idosa na Romênia – Divulgação/Museu Buzau

Formada a partir da resina fossilizada de árvores antigas, a pedra de âmbar é avaliada em aproximadamente R$ 6,4 milhões no mercado de pedras preciosas.

Ironicamente, esta pedra foi descoberta na casa de uma idosa, na Romênia, usada como peso de porta sem que ninguém se desse conta de seu valor durante anos. 

Considerado um dos maiores pedaços de âmbar já registrado no mundo, a pedra foi encontrada pela mulher em um rio. E, sim, a história que já parece um tanto absurda pode piorar: durante um assalto à sua residência, os ladrões levaram suas joias, mas deixaram a pedra intacta.

Para sorte da proprietária do âmbar, recentemente o governo romeno comprou a peça e a declarou um tesouro nacional, sendo atualmente exibida no Museu da Província de Buzau. 

De peso de porta à herança milionária

A proprietária da pedra faleceu em 1991, e um parente, cuja identidade e relação exata não são claras, herdou o que pensava ser apenas uma bela pedra. Desconfiado de seu possível valor, o herdeiro procurou mais informações.

Autoridades romenas enviaram a pedra ao Museu de História de Cracóvia, na Polônia, onde especialistas em gemas e minerais confirmaram tratar-se de um âmbar, com idade estimada entre 38,5 e 70 milhões de anos.

Importância científica

Segundo o diretor do museu, Daniel Costache, a descoberta tem grande importância tanto científica quanto para o mundo museológico, ressaltando que a pedra pode ser o maior exemplar de âmbar já encontrado.

O âmbar é uma resina fossilizada, considerada uma gema semipreciosa, comumente encontrada no leste europeu, região onde a Romênia está localizada.

A área de Buzau, onde a senhora encontrou a pedra, é rica em pedras brutas de âmbar, que variam em tamanhos e cores, desde o vermelho até o preto.

Muitas vezes, esses pedaços de âmbar contêm vestígios de insetos e outros pequenos animais que ficaram presos na resina das árvores, especialmente pinheiros, e ali foram fossilizados.