Maior iceberg do mundo quebrou: cientistas soam o alarme

Nos próximos meses, espera-se que o A-23A se divida em pedaços menores

06/08/2025 13:03

A fragmentação do iceberg A-23A, um dos maiores do mundo, está causando preocupação entre cientistas. O iceberg, que se desprendeu da plataforma de gelo Filchner-Ronne em 1986, manteve-se praticamente parado até 2020, quando começou a se mover do Mar de Weddell.

Desde então, sua fragmentação acelerou perto da Ilha Geórgia do Sul, perdendo mais de 360 km² de sua superfície entre março e maio de 2025. O fenômeno tem implicações ambientais significativas para a região.

Acompanhar o iceberg via satélite é essencial para prever seu comportamento. Pesquisas indicam que ele seguirá as correntes oceânicas para áreas mais quentes, promovendo mais fragmentação.

Nos próximos meses, espera-se que o A-23A se divida em pedaços menores, impactando o ecossistema marinho. Esse monitoramento é crucial para adaptar estratégias de conservação.

Imagem: Nasa Earth Observatory
Imagem: Nasa Earth Observatory

Ponto de puptura no A-23A

O A-23A é uma enorme massa de gelo com cerca de 3.360 km² e peso estimado em um trilhão de toneladas. Durante sua travessia, colidiu com um banco submarino próximo à Geórgia do Sul.

Esse impacto tem acelerado a expansão de fissuras, criando blocos menores que representam riscos à navegação e ameaçam o equilíbrio ecológico da área. As fissuras e a fragmentação são monitoradas por satélites e estudos científicos.

Impactos ambientais

A presença do iceberg e seu derretimento modificam a salinidade e a temperatura da água, conforme estudos indicam. Essas mudanças influenciam o crescimento do fitoplâncton, alimento vital na cadeia marinha.

Enquanto pode inicialmente beneficiar o ecossistema, essas alterações prejudicam o acesso de animais locais a áreas essenciais de alimentação e reprodução. Fragmentos menores do iceberg podem ajudar a diminuir esse impacto negativo ao facilitar o trânsito de animais.

Alerta climático no A-23A

A fragmentação do A-23A ressalta o impacto do aquecimento global em blocos de gelo. O aquecimento dos oceanos e as ondas são fatores que impulsionam essa desintegração.

Situação similar ocorreu com o iceberg A-68, que também apresentou preocupações ambientais ao se aproximar da Geórgia do Sul. Essas mudanças destacam a urgência de ações climáticas globais para mitigar efeitos futuros em plataformas de gelo.