A Tupperware, icônica fabricante de recipientes plásticos, enfrenta um momento crítico e pode decretar falência nos Estados Unidos ainda nesta semana.

Fundada em 1946, a empresa é conhecida mundialmente, mas tem passado por dificuldades financeiras nos últimos anos, com uma dívida de aproximadamente US$ 700 milhões em empréstimos. Os credores concordaram em dar um alívio, mas o negócio continuou a se deteriorar.

Informações divulgadas pela agência Bloomberg indicam que a Tupperware está perto de pedir proteção judicial, isso após violar os termos de suas dívidas com credores. 

O que levou a Tupperware à crise?

A crise da Tupperware vem se arrastando há anos, agravada pela queda na demanda por seus produtos.

Durante a pandemia, a empresa experimentou um breve aumento nas vendas, quando o isolamento social impulsionou mais pessoas a cozinhar em casa.

No entanto, a retomada da vida normal e a concorrência com marcas de produtos mais baratos fizeram com que as vendas despencassem, prejudicando ainda mais as finanças da companhia.

O que a Tupperware fez para tentar se reerguer?

A empresa tentou várias medidas para se reestruturar. Em junho, cogitou fechar sua única fábrica nos Estados Unidos e demitir quase 150 funcionários.

Além disso, houve uma troca de liderança, com a substituição do CEO e de parte do conselho em um esforço para reverter a situação. Laurie Ann Goldman assumiu o cargo de CEO na tentativa de reestruturar a empresa.

Apesar dessas iniciativas, os problemas de caixa persistiram, e a empresa não conseguiu cumprir acordos de renegociação de dívidas.

Como o mercado está reagindo à falência da marca?

A situação financeira da Tupperware refletiu diretamente em suas ações. Na última segunda-feira, 16, após as notícias da falência, as ações da marca caíram mais de 57%, atingindo um valor de apenas US$ 0,51 na Bolsa de Nova York.

A negociação dos papéis foi suspensa após essa queda abrupta, e o mercado aguarda uma decisão definitiva sobre o futuro da empresa.

Ainda conforme a Bloomberg, a intenção da marca de decretar falência ainda pode mudar.