Médico admite que jogadores da Rússia inalavam amônia
Entretanto, Eduard Bezuglov disse que substância não é caracterizada como doping
Eduard Bezuglov, médico da seleção russa, confessou que os jogadores da equipe inalavam amônia para melhorar o desempenho nas partidas da Copa do Mundo na Rússia.
Entretanto, o doutor garantiu que a prática seja caracterizada como doping. “É um simples amoníaco com o qual as pessoas molham o algodão e depois inalam. Vários atletas fazem isso para ganharem ânimo. Isso é usado há décadas”, afirmou aos correspondentes internacionais da Globo.
Bezuglov disse que a inalação também é comum entre pessoas que não são atletas: “Não é usado somente no esporte, mas na vida cotidiana das pessoas quando alguém perde a consciência ou se sente fraco”.
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Para quem não sabe, a inalação de amônia melhora o fluxo sanguíneo e a capacidade de respiração.
A amônia, de fato, não está na lista de substâncias proibidas da Agência Mundial Antidoping (Wada, sigla em inglês).
A seleção da Rússia foi eliminada nas quartas de final, após perder o jogo contra a Croácia, no último sábado, 7.
Em agosto de 2016, a confederação de atletas paralímpicos da Rússia foi definitivamente expulsa dos jogos das Paralimpíadas da Rio 2016. A decisão veio pelo Corte Arbitral do Esporte (CAS), a mais alta instância jurídica do esporte.
Como já havíamos noticiado aqui, o Comitê Paralímpico Internacional (CPI) também já havia se mostrado contra a participação do país.
No total, mais de 250 paratletas russos deixaram de participar deste evento. A decisão partiu após a análise de um relatório da Agência Mundial Antidoping, que revelou que o governo russo acobertou inúmeros casos de doping na maioria dos esportes olímpicos durante anos, assim como em eventos paraolímpicos.
A decisão de banir a Rússia também havia sido tomada quanto aos Jogos Olímpicos da Rio 2016, mas depois de recorrerem, apenas alguns atletas foram liberados para o evento e todos tiveram que fazer testes antidoping.