Motoristas de app: quanto é possível faturar por hora?
Conforme dados recentes, 92% desses motoristas estão endividados
Motoristas de aplicativo no Brasil sofrem com jornadas de trabalho intensas, atingindo até 60 horas semanais. Mesmo enfrentando essas cargas elevadas, muitos ganham menos de R$ 4 mil mensais.
Os custos de operação, como gasolina e aluguel de veículos, além da escassez de empregos formais, são fatores que empurram diversos profissionais para essa alternativa. Conforme dados recentes, 92% desses motoristas estão endividados, comprometendo aspectos básicos como alimentação e moradia.
Dificuldades econômicas crescentes
A realidade financeira desses motoristas é marcada por desafios. Custos relacionados ao combustível e ao aluguel de veículos reduzem significativamente seus ganhos. Em Belém, por exemplo, os gastos com gasolina representam cerca de 40% do faturamento mensal dos trabalhadores.
Aproximadamente 30% dos motoristas ainda alugam seus veículos, o que acentua a diferença entre receitas e despesas. Outro ponto crítico é a falta de transparência das plataformas, onde motoristas aceitam corridas sem certeza de lucro.
Saúde em risco
Além das dificuldades financeiras, os motoristas enfrentam impactos sérios na saúde. Com longas horas de trabalho e pressão constante dos algoritmos das plataformas, muitos relatam problemas de saúde mental.
Dados indicam que 89% dos motoristas sentem piora na saúde mental, e 70% não conseguem descansar suficientemente. A insegurança nas ruas e a falta de apoio levam muitos a contemplar abandonar a profissão.
Estratégias de sobrevivência
Para superar a baixa remuneração, motoristas estão adotando estratégias variadas. Recusar corridas de menor valor e utilizar várias plataformas são algumas táticas. Ferramentas que calculam a rentabilidade, como a Gigu, tornaram-se essenciais para o planejamento eficaz.
Em cidades menores, onde a maioria dos motoristas possui carro, os lucros podem ser ligeiramente maiores, mas ainda insuficientes para a estabilidade financeira.