Pesquisa internacional elege os nomes masculinos mais bonitos do mundo
Pesquisa levou em conta critérios como a harmonia entre consoantes e vogais, simplicidade fonética e origem dos nomes

A beleza de um nome pode parecer coisa do coração, mas a ciência está de olho — e também tem algo a dizer. Embora o gosto pessoal e o contexto cultural tenham peso enorme nessa escolha, estudiosos das áreas de linguística e psicologia têm se debruçado sobre o tema para entender por que certos nomes soam mais agradáveis aos nossos ouvidos.
Um desses pesquisadores é Bodo Winter, professor de linguística na Universidade de Birmingham, no Reino Unido. Especialista em linguagem sensorial e simbolismo fonético, ele conduziu um estudo curioso em parceria com o site My 1st Years.
O objetivo? Descobrir quais nomes masculinos possuem a sonoridade mais “bela” para os falantes de inglês nos Estados Unidos.
Quais são os nomes masculinos mais bonitos do mundo?
Com base em critérios como a harmonia entre consoantes e vogais, simplicidade fonética e origem dos nomes, a pesquisa apontou um vencedor: Matthew — ou Mateus, na versão em português.

A lista elaborada por Winter traz ainda outros nomes bem conhecidos do público brasileiro. Atrás de Matthew, aparecem Julian (Júlio), William (Guilherme), Isaiah (Isaías) e Leo. O ranking segue com Levi, Joseph (José), Theo (Teodoro), Isaac (Isaque) e Samuel — nomes clássicos, muitos deles com forte tradição bíblica e sonoridade suave.
Ainda de acordo com o especialista, é recomendável que os pais evitem escolher nomes próprios que causem conflito sonoro, rítmico ou de significado com o sobrenome da criança, a fim de garantir uma combinação mais harmoniosa e fácil de pronunciar.
Outras influências que chegam aos cartórios
A escolha de nomes, no entanto, não se limita à estética. Fatores externos — e até imprevisíveis — também entram em cena.
Em outro estudo, Winter chamou atenção para um fenômeno curioso: após a passagem de grandes furacões, como o devastador Katrina, nomes semelhantes ao do evento tendem a se popularizar entre recém-nascidos. Termos como Katie ganharam mais espaço nos cartórios americanos após a tragédia.
“Parece estranho, à primeira vista. Ninguém gostaria de dar ao filho o nome de uma catástrofe natural. Mas a repetição constante do nome nos meios de comunicação torna-o familiar, e temos uma tendência a escolher aquilo que já conhecemos”, explica o linguista em
Apesar de toda essa análise técnica, Winter faz uma ressalva importante. Segundo ele, nenhuma fórmula científica deve substituir a intuição dos pais. “É fácil se perder em tantas possibilidades e influências. No fim das contas, o melhor nome é aquele que faz sentido para quem vai dizê-lo com amor por toda a vida.”