O erro mais comum ao escolher o protetor solar certo

Quase todos cometem esse erro ao usar protetor solar. Veja o segredo do FPS ideal e evite danos irreversíveis à pele.

25/10/2025 06:06

Atualmente, a preocupação com a saúde da pele está cada vez maior, principalmente devido à intensificação dos raios solares e o aumento da exposição diária. Nesse cenário, o uso do protetor solar tornou-se uma etapa indispensável na rotina de cuidados pessoais. Independentemente da estação do ano, proteger-se dos efeitos nocivos dos raios ultravioleta (UV) é fundamental para prevenir problemas como queimaduras, envelhecimento precoce e riscos maiores de câncer de pele.

Para garantir a eficácia dessa proteção, é essencial compreender não só a escolha do melhor protetor como também o modo correto de utilizá-lo. Muitas dúvidas surgem sobre o significado do FPS, as diferenças entre protetores solares físicos e químicos e a importância da reaplicação ao longo do dia. Essas questões são cruciais para que o produto cumpra de fato seu papel no cuidado cutâneo.

O termo FPS, ou Fator de Proteção Solar, aparece em destaque nas embalagens de filtros solares
O termo FPS, ou Fator de Proteção Solar, aparece em destaque nas embalagens de filtros solares

O que significa FPS e como escolher o ideal?

O termo FPS, ou Fator de Proteção Solar, aparece em destaque nas embalagens de filtros solares. Esse índice informa quanto tempo a pele estará resguardada dos raios UVB em comparação à ausência de proteção. Por exemplo, com um produto de FPS 30, a pele pode ser exposta ao sol 30 vezes mais tempo do que ficaria sem nada antes de apresentar vermelhidão.

Para escolher o FPS adequado, diversos fatores entram em jogo. A cor e sensibilidade da pele são determinantes: peles claras e sensíveis costumam exigir fatores mais altos, enquanto tons escuros podem se proteger suficientemente com praias de FPS medianos. No entanto, especialistas recomendam largamente o uso de FPS 30 ou superior como padrão para adultos. Pessoas que praticam atividades ao ar livre, frequentam praias ou piscinas, ou têm histórico de doenças cutâneas devem optar por índices mais elevados.

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Filtros físicos e químicos: qual a diferença?

Uma das principais dúvidas relacionadas ao protetor está na composição dos produtos, que geralmente pertencem a dois grupos: filtros físicos e filtros químicos. Embora ambas as opções protejam contra danos solares, seu funcionamento apresenta diferenças relevantes quanto à forma de proteção e adaptação para certos tipos de pele.

  • Filtros físicos: também conhecidos como minerais, incluem substâncias como dióxido de titânio e óxido de zinco. Eles criam uma barreira sobre a superfície cutânea que reflete e dispersa os raios solares, impedindo sua penetração. São bastante indicados para peles sensíveis, alérgicas ou para uso infantil devido ao baixo risco de irritação. Outra característica é a possibilidade de deixar resíduos esbranquiçados na pele após a aplicação.
  • Filtros químicos: baseados em moléculas que absorvem a radiação ultravioleta e a transformam em calor, dissipando-a antes de causar danos. Exemplos incluem avobenzona, octocrileno e oxibenzona. Estes protetores são geralmente mais leves, transparentes e confortáveis ao uso, favorecendo a estética, mas podem causar irritação em peles reativas.

Na prática, muitos protetores solares combinam filtros físicos e químicos para oferecer uma proteção ampla e maximizar benefícios.

O termo FPS, ou Fator de Proteção Solar, aparece em destaque nas embalagens de filtros solares
O termo FPS, ou Fator de Proteção Solar, aparece em destaque nas embalagens de filtros solares

Por que é tão comum esquecer de reaplicar o protetor solar?

Um dos equívocos mais recorrentes no uso do protetor solar está relacionado à reaplicação. Após um período de exposição, suor, contato com água ou fricção, a camada de proteção perde eficácia. Apesar disso, grande parte das pessoas ainda ignora a recomendação de reaplicar o produto ao longo do dia, o que compromete significativamente o bloqueio dos raios ultravioleta.

  1. A recomendação geral dos dermatologistas é que o filtro solar seja reaplicado a cada duas horas após o contato inicial e sempre que houver suor intenso ou mergulhos, mesmo em dias nublados.
  2. Negligenciar essa prática pode diminuir bastante a proteção, aumentando os riscos de queimaduras e envelhecimento cutâneo.
  3. Pessoas que usam maquiagem podem optar por protetores em pó ou em spray para facilitar o retoque sem remover o make.

Além disso, diferentes texturas – em creme, gel ou spray – ajudam a adaptar o retoque à rotina de cada pessoa, contribuindo para a inserção do hábito no dia a dia.

Quais cuidados complementares intensificam a proteção solar?

Apesar de o protetor solar ser a principal barreira contra os danos solares, outros cuidados cotidianos podem aumentar ainda mais a proteção da pele. Usar chapéus de aba larga, buscar sombra especialmente entre 10h e 16h, utilizar roupas com tecido UV e óculos escuros contribuem fortemente para evitar a exposição direta aos raios solares nocivos. A hidratação regular da pele e a escolha de produtos adequados ao tipo cutâneo também desempenham papel importante no fortalecimento das barreiras naturais do corpo.

Para ter um resultado eficaz, recomenda-se também atentar-se ao prazo de validade do produto e evitar deixá-lo exposto ao calor intenso, o que pode comprometer sua ação. Tal conjunto de medidas alinhado ao uso correto do filtro – na quantidade adequada e com reaplicação periódica – garante um escudo eficiente e duradouro contra as agressões solares ao longo do tempo.