O motivo importante para você nunca subestimar a memória de animais de estimação com donos

Sinais corporais que revelam uma saudade escondida no seu pet

Em muitas famílias, a relação entre pessoas e seus pets é marcada por vínculos duradouros, mesmo quando ocorre uma separação por mudança ou adoção. Estudos de comportamento e relatos de tutores ajudam a entender melhor como funciona a memória de animais de estimação em relação a antigos donos, revelando que cães e gatos são plenamente capazes de guardar lembranças afetivas e associativas por longos períodos.

A memória de um animal de estimação não opera como a de um ser humano em termos de narrativa cronológica
A memória de um animal de estimação não opera como a de um ser humano em termos de narrativa cronológicaImagem gerada por inteligência artificial

Como funciona a memória do animal de estimação em relação ao antigo dono?

A memória de um animal de estimação não opera como a de um ser humano em termos de narrativa cronológica. Em vez disso, cães e gatos guardam associações ligadas a cheiros, vozes, rotinas, locais específicos e emoções vividas com o antigo cuidador, formando um conjunto de referências sensoriais e afetivas.

Nos cães, a memória associativa é bastante desenvolvida, permitindo lembrar pessoas e situações marcantes, positivas ou negativas. Gatos também demonstram esse tipo de retenção, ainda que de forma mais sutil, reagindo a estímulos sonoros ou olfativos ligados à convivência anterior, principalmente quando houve vínculo intenso e experiências significativas.

O que mostram os estudos sobre memória de longo prazo em cães e gatos

Pesquisas recentes sobre cognição animal indicam que cães e gatos não se limitam à memória de curto prazo. Em cães, já foi demonstrado que eles podem lembrar o nome de brinquedos por até dois anos, o que reforça uma memória de longo prazo bem estruturada e capaz de armazenar informações cognitivas e emocionais.

No caso dos gatos, estudos de comportamento felino sugerem que a memória de longo prazo pode chegar a cerca de três anos para eventos relevantes, especialmente ligados a segurança, alimentação, rotina e interações marcantes com tutores. A memória felina é considerada seletiva e, em parte, episódica, permitindo recordar episódios específicos do dia a dia.

A memória de um animal de estimação não opera como a de um ser humano em termos de narrativa cronológica
A memória de um animal de estimação não opera como a de um ser humano em termos de narrativa cronológicaImagem gerada por inteligência artificial

Até quando um animal de estimação consegue se lembrar de um antigo dono?

Não existe um prazo único e exato para determinar a memória de animais de estimação em relação a um antigo dono, mas pesquisas e relatos indicam que essas memórias podem durar anos. Há registros de cães que reconhecem antigos tutores após três, cinco ou mais anos de afastamento, com sinais claros de reconhecimento comportamental.

Em gatos, estudos indicam que memórias de longo prazo podem se estender por até três anos em eventos significativos. Eles podem reconhecer antigos tutores por cheiro, voz e rotinas associadas, embora alguns reajam com aproximação cautelosa e outros com maior distanciamento, o que não significa ausência de memória, mas diferença de temperamento.

A ciência por trás da saudade e do reconhecimento animal é fascinante e traz respostas surpreendentes sobre a longevidade dessas lembranças. No vídeo a seguir, o perfil @banheiradeconhecimento explora fatos curiosos que reforçam como cães e gatos mantêm o registo de seus antigos tutores, mesmo após anos de separação.

@banheiradeconhecimento

Por quanto tempo um CACHORRO consegue lembrar de seu DONO?

♬ som original - Banheira de conhecimento

Quais sinais indicam que o animal ainda lembra do antigo dono?

Os sinais de lembrança variam conforme espécie, personalidade e história de convivência, mas costumam aparecer como mudanças imediatas no comportamento diante da pessoa ou de estímulos ligados a ela. Essa resposta pode envolver desde aproximação espontânea até reativação de antigas rotinas.

Entre os sinais mais frequentes de que o animal ainda se lembra do antigo tutor, destacam-se:

Sinal do animal O que indica
Reação ao cheiro Aproximação insistente, cheirar por mais tempo e permanecer ao lado da pessoa ou de um objeto específico.
Resposta à voz Mudança imediata de postura, orelhas em alerta e movimento rápido em direção à fonte do som.
Comportamento de aproximação Seguir a pessoa pela casa, deitar próximo ou buscar contato físico de forma recorrente.
Expressões corporais específicas Em cães, abanar de cauda e latidos curtos; em gatos, roçar o corpo, ronronar ou piscar lentamente.

Quais fatores fortalecem ou enfraquecem as lembranças do antigo dono?

A manutenção da memória sobre um antigo dono depende tanto da experiência passada quanto das condições atuais de vida do animal. Um ambiente estável, com nova família atenciosa e rotina bem definida, favorece a adaptação, sem necessariamente apagar lembranças anteriores, que podem ser reativadas por estímulos específicos.

Entre os aspectos que mais influenciam a força e a duração dessas lembranças, destacam-se:

Fator Influência na memória
Duração da convivência Períodos longos de convivência aumentam a chance de formação de memórias duradouras e associações mais profundas.
Intensidade do vínculo Interação diária, cuidados constantes e rotinas consistentes ajudam a fixar lembranças ao longo do tempo.
Experiências marcantes Situações muito positivas ou altamente estressantes tendem a ser lembradas com mais facilidade.
Nova rotina e bem-estar Estabilidade, segurança emocional e ausência de estímulos antigos reduzem a ativação frequente dessas memórias.