O que vai acontecer com os destroços do Titanic? Ciência tem uma resposta curiosa

Titanic partiu do Porto de Southampton em 10 de abril de 1912

18/09/2024 01:01

Localizado a cerca de 3,8 mil metros de profundidade, navio de fabricação britânica tinha capacidade para mais de 3 mil passageiros, dos quais metade morreu no naufrágio. Saiba o que vai acontecer com o navio no futuro – Reprodução/F.G.O Stuart
Localizado a cerca de 3,8 mil metros de profundidade, navio de fabricação britânica tinha capacidade para mais de 3 mil passageiros, dos quais metade morreu no naufrágio. Saiba o que vai acontecer com o navio no futuro – Reprodução/F.G.O Stuart

Titanic permanece há mais de 112 anos no fundo do oceano, onde o silêncio e a escuridão dominam.

 Em 14 de abril de 1912, o navio, de 269 metros de comprimento, partiu-se em dois ao afundar, espalhando destroços por uma área de quase 4 km. Mais de 1.500 pessoas morreram naquela noite trágica. 

Desde então, o naufrágio vem sendo lentamente consumido pelo ambiente marinho. Expedições recentes, como a de 2024, revelam a aceleração da deterioração, com grades caindo e novas fissuras surgindo no casco.

Flores de ferrugem: Ciência explica o que vai acontecer com o Titanic 

O Titanic descansa a 600 metros de profundidade, suas partes principais – proa e popa – separadas por aproximadamente 600 metros. Ao redor, restos de pertences e fragmentos do navio se misturam ao leito oceânico.

A pressão esmagadora e as correntes profundas, combinadas com bactérias que corroem o ferro, estão gradualmente desintegrando o navio. 

Essas bactérias criaram um ecossistema único, alimentando-se do ferro do Titanic e formando curiosas estruturas de corrosão conhecidas como “flores de ferrugem”.

Estudos indicam que o processo de deterioração pode levar séculos para se completar, com as seções mais frágeis desaparecendo primeiro. 

No entanto, partes do navio, como os motores e objetos de porcelana, podem permanecer por muito mais tempo. Ou seja, ainda que a longo prazo, um dia o Titanic se tornará uma mancha de óxido no fundo do mar, um memorial silencioso de um dos maiores desastres da história.