Oxigênio é detectado na galáxia mais distante até agora, abrindo um novo capítulo na astronomia
A pesquisa em torno da galáxia mais distante já encontrada destaca o vasto desconhecido que ainda espera ser explorado no cosmos
Em janeiro do ano passado, o Telescópio Espacial James Webb, aliado ao Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA) no Chile, detectou oxigênio na galáxia mais distante já registrada, a JADES-GS-z14-0.
Esta galáxia encontra-se a 13,4 bilhões de anos-luz de distância da Terra, oferecendo pistas sobre o universo em seus primeiros 300 milhões de anos.
O ALMA foi essencial para verificar e confirmar essas observações com precisão milimétrica, garantindo a distância e a idade da JADES-GS-z14-0.
Galáxia JADES-GS-z14-0
A JADES-GS-z14-0 não apenas se destaca por ser a galáxia mais distante conhecida, mas também por suas características incomuns.

Apesar de sua distância, ela é notavelmente brilhante e grande, posicionando-se como a terceira mais luminosa entre 700 galáxias analisadas. Isso contradiz as teorias anteriores, que previam que as galáxias daquele período fossem menores e menos brilhantes.
A presença de oxigênio e outros elementos pesados na JADES-GS-z14-0 sugere que a evolução galáctica aconteceu mais rápido do que os modelos cosmológicos anteriores previam. Isso indica que as galáxias e, portanto, o universo, evoluíram em um ritmo acelerado, contrariando as expectativas dos cientistas.
Elementos pesados: Um desafio para a cosmologia
O desafio é entender como elementos pesados, como o oxigênio, se formaram tão rapidamente após o Big Bang. Essa rápida formação implica que estrelas massivas viveram e morreram, enriquecendo o espaço com metais muito antes do que se pensava. Isso sugere que a formação de galáxias ocorreu de maneira muito mais dinâmica e rápida.
Implicações para o futuro da pesquisa cósmica
O Telescópio James Webb e o ALMA continuarão desempenhando um papel fundamental na pesquisa cósmica. A descoberta na JADES-GS-z14-0 abre caminho para novas investigações sobre as primeiras galáxias.
Essas observações provocam reflexões sobre o ritmo e os processos de evolução cósmica, levantando novas questões sobre a formação e amadurecimento das primeiras galáxias.