12 plantas tóxicas para cães e gatos que muita gente tem em casa sem saber
Veterinário alerta sobre as plantas comuns que podem intoxicar seu pet; veja os sintomas e o que fazer em caso de ingestão
Plantas embelezam os ambientes, mas muitas delas representam um sério risco para a saúde de cães e gatos.

Algumas espécies comuns em jardins e interiores podem causar intoxicações graves e até levar à morte dos animais de estimação.
Segundo o médico veterinário Newton Scarpa Oliveira Junior, do Hospital Veterinário Taquaral, em Campinas, é essencial que os tutores saibam identificar essas plantas para evitar acidentes.
Quais plantas são tóxicas para cachorro e gato?
Confira 12 espécies que não devem estar ao alcance dos pets:
- Lírio: “altamente tóxico para gatos – mesmo pequenas quantidades podem causar insuficiência renal aguda.” Para os cães, é moderadamente tóxico.
- Comigo-ninguém-pode: provoca irritação oral, salivação intensa e dificuldade para engolir.
- Antúrio: contém oxalato de cálcio, que gera irritação oral, vômitos e dificuldade para engolir.
- Espada-de-São-Jorge: pode causar náusea, vômito e diarreia.
- Filodendro: irrita a boca, causa vômito e inchaço nos lábios e na língua.
- Zamioculca: quando mastigada, pode provocar náuseas e vômitos.
- Azaleia: os sintomas vão de vômito e diarreia até letargia, podendo evoluir para coma ou morte em casos graves.
- Hortênsia: pode causar vômitos, diarreia, confusão e depressão.
- Oleandro: é extremamente tóxico – há risco de arritmias cardíacas, vômitos e morte.
- Dama-da-noite: afeta o sistema nervoso, podendo causar salivação excessiva, vômito e diarreia.
- Mamona: suas sementes contêm ricina, uma toxina altamente letal.
- Copo-de-leite: pode provocar forte irritação na boca e garganta.

“Existem plantas que são mais tóxicas para cães do que para gatos e vice-versa”, destaca o veterinário.
Algumas, como o lírio, são perigosíssimas apenas para gatos. Por isso, é importante conhecer a sensibilidade de cada espécie.
Quais são os sintomas de intoxicação nos pets?
De acordo com Newton Scarpa, “pequenas quantidades de plantas tóxicas já podem causar intoxicação grave”.
Os sinais mais comuns envolvem alterações gastrointestinais, neurológicas e respiratórias:
- Alterações gastrointestinais: vômitos, diarreia, salivação excessiva e perda de apetite.
- Alterações neurológicas: tremores, convulsões, desorientação, fraqueza e letargia.
- Alterações respiratórias: dificuldade para respirar, respiração ofegante ou acelerada.
- Outros sintomas: pupilas dilatadas, inflamação na boca ou olhos, sangue no vômito ou nas fezes e alterações no ritmo cardíaco.

Como evitar acidentes?
Para manter os pets seguros, o ideal é:
- Retirar de casa qualquer planta com potencial tóxico;
- Pesquisar antes de adquirir uma nova planta;
- Manter vasos fora do alcance dos animais – o que nem sempre funciona com gatos;
- Oferecer brinquedos, petiscos e graminha específica para gatos, como alternativas;
- Supervisionar os animais e ensinar comandos básicos;
- Usar barreiras físicas, como grades ou telas, para proteger plantas em áreas acessíveis.
O que fazer se o animal ingerir uma planta tóxica?
A orientação é clara: “Procurar imediatamente atendimento veterinário, quanto mais rápido for os primeiros socorros, menores os riscos.”
Em caso de convulsão, a orientação é proteger o animal para evitar que ele se machuque.
Segundo Newton Scarpa, os tratamentos mais comuns envolvem uso de medicamentos para aliviar os sintomas, lavagem gástrica, indução de vômito quando indicado, internação e monitoramento.

No entanto, dependendo da planta e da quantidade ingerida, os danos podem ser permanentes. Por isso, evitar o problema ainda é o melhor caminho. Conhecer e eliminar os riscos de casa é um cuidado essencial para garantir a segurança dos animais de estimação.