Quem é o primeiro brasileiro que chefiará a Interpol?
Com 43 anos, Valdecy Urquiza nasceu em São Luís (MA)
A Assembleia Geral da Interpol, a rede internacional de forças policiais, oficializou nesta terça-feira, 5, o delegado da Polícia Federal Valdecy Urquiza como o novo secretário-geral da organização.
Com a nomeação, Urquiza assume a responsabilidade de comandar a estrutura operacional da Interpol, sendo o primeiro brasileiro, e sul-americano, a ocupar o cargo e quebrando a tradição centenária de lideranças europeias e norte-americanas.
Urquiza, que atualmente é diretor de cooperação internacional da PF e vice-presidente da organização para as Américas, teve seu nome indicado pelo comitê executivo da agência em junho. A Assembleia Geral se reuniu para referendar essa escolha, onde Urquiza fez um discurso aos representantes dos 196 países membros, seguido pela votação de ratificação.
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A cerimônia ocorrida em Glasgow, na Escócia, contou com a participação do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, estiveram presentes.
Com a aprovação, Urquiza iniciará oficialmente seus trabalhos na sede da instituição no dia 7 de novembro, em Lyon, na França, contando com uma equipe de apoio que inclui Gustavo Souza, “02” da PF. O brasileiro assume o cargo hoje ocupado pelo alemão Jürgen Stock.
O processo de seleção para o novo secretário-geral foi conduzido pelo comitê executivo da agência, composto por representantes de 13 países, que avaliaram e selecionaram o candidato mais adequado para liderar a organização pelos próximos cinco anos.
Primeiro brasileiro a chefiar a Interpol
Nascido em São Luís (MA), Urquiza é formado em Direito pela Universidade de Fortaleza e possui especializações em Administração Pública pelo IBMEC e em Direito Ambiental pela PUC-SP, além de ser ex-aluno da Academia Nacional do FBI, em Quantico, EUA.
Aos 43 anos, ele assume a missão de liderar os esforços da agência no combate ao crime transnacional. Em sua carreira, Urquiza liderou o Escritório Central Nacional da Interpol, a Divisão de Cooperação Policial Internacional, a Divisão de Relações Internacionais e a Diretoria de Tecnologia da Informação da Polícia Federal.
Além disso, ocupou o cargo de chefe da Divisão de Cooperação Jurídica Internacional da Polícia Federal do Brasil e diretor-assistente na Diretoria de Crimes Organizados e Emergentes na sede da instituição.