Que árvores nunca devem ser plantadas perto de casa e porquê?

O plantio de árvores próximo às residências exige planejamento cuidadoso para evitar problemas estruturais futuros. Enquanto a vegetação traz benefícios como sombra e purificação do ar, algumas espécies possuem características que podem comprometer fundações, encanamentos e até a segurança dos moradores.

Conhecer as árvores inadequadas para áreas residenciais previne gastos elevados com reparos e manutenção. A distância correta do plantio e a escolha de espécies compatíveis fazem toda diferença na preservação da estrutura do imóvel.

Por que algumas árvores representam risco para fundações e estruturas?

O sistema radicular de certas espécies cresce de forma agressiva, buscando água e nutrientes em profundidades e distâncias surpreendentes. Essas raízes exercem pressão constante sobre fundações, pisos e tubulações, causando rachaduras e infiltrações ao longo dos anos.

Os principais fatores que tornam determinadas árvores perigosas para construções incluem:

• Raízes superficiais e extensas que se espalham horizontalmente por até 30 metros, penetrando em fissuras microscópicas das estruturas e ampliando essas aberturas conforme crescem
• Capacidade de absorção de água elevada que pode ressecar o solo sob a fundação, causando recalque diferencial e trincas nas paredes da residência
• Crescimento rápido e vigoroso que dificulta o controle, exigindo podas constantes e custosas para evitar que galhos atinjam telhados, fios elétricos e calhas
• Produção de frutos pesados ou resíduos abundantes que danificam coberturas, entopem calhas e criam sujeira constante em garagens e quintais

Quais problemas as raízes agressivas podem causar ao longo do tempo?

As raízes invasivas não causam danos imediatos, mas seus efeitos acumulativos se manifestam após cinco a dez anos do plantio. Espécies como eucalipto, fícus e bambu gigante desenvolvem sistemas radiculares tão poderosos que podem levantar pisos de concreto e romper tubulações de esgoto.

Os reparos necessários costumam ser complexos e caros, envolvendo quebra de estruturas para remoção das raízes e reconstrução das áreas afetadas. Em casos extremos, a árvore precisa ser completamente removida, processo que pode custar entre R$ 3.000 e R$ 15.000 dependendo do porte e da localização.

Que espécies de árvores devem ficar longe das residências?

Determinadas espécies vegetais são reconhecidamente problemáticas para o plantio em áreas urbanas residenciais. Mesmo sendo bonitas e oferecendo sombra generosa, essas árvores exigem distâncias mínimas de segurança que muitos terrenos urbanos não comportam.

Entre as árvores que devem ser evitadas próximo às construções estão:

• Eucalipto com crescimento extremamente rápido e raízes que podem atingir 20 metros de profundidade, consumindo grande quantidade de água e ressecando o solo ao redor
• Fícus e suas variedades cujas raízes aéreas e subterrâneas destroem calçadas, muros e fundações, além de entupir tubulações de esgoto com facilidade assustadora
• Bambu gigante que se espalha por rizomas subterrâneos incontroláveis, invadindo terrenos vizinhos e rompendo estruturas enterradas como fossas e reservatórios
• Abacateiro que desenvolve copa ampla e densa bloqueando ventilação e iluminação natural, além de produzir frutos pesados que caem causando danos a telhados e veículos
• Pinheiro com raízes superficiais que levantam pisos e calçadas, copa densa que impede crescimento de outras plantas e produção constante de resina pegajosa

Existem alternativas seguras para o paisagismo próximo à casa?

A solução para ter áreas verdes sem riscos está na escolha de espécies de pequeno e médio porte com sistemas radiculares controlados. Árvores como jabuticabeira, pitangueira, cerejeira ornamental e resedá oferecem beleza e funcionalidade sem ameaçar as estruturas.

O ideal é manter distância mínima de 5 metros entre árvores de médio porte e a casa, aumentando para 10 a 15 metros no caso de espécies maiores. Consultar um paisagista ou engenheiro agrônomo antes do plantio evita problemas futuros e garante harmonia entre construção e natureza.