Quem é a brasileira considerada a 2ª pessoa mais velha do mundo?
Nascida em 1908, freira integra seleta lista de 'supercentenários'
Aos longevos 116 anos, a freira Inah Canabarro Lucas, de São Francisco de Assis, no Rio Grande do Sul, carrega o título de pessoa mais idosa do Brasil.
Nascida em 8 de junho de 1908, ela vive em Porto Alegre, no acolhimento da Congregação Irmãs Teresianas do Brasil. Em recente entrevista ao programa “Bom Dia Rio Grande”, Inah surpreendeu com seu bom humor ao falar sobre sua idade: “Poucos anos, 116”, brincou, esbanjando simpatia.
Inah faz parte do seleto grupo dos supercentenários, aqueles raros que ultrapassam os 110 anos, e é também reconhecida como a segunda pessoa mais velha do mundo.
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Como a brasileira se tornou a 2ª pessoa mais velha do mundo?
De acordo com o grupo LongeviQuest, referência mundial em monitoramento de supercentenários, Inah surpreendeu a muitos já desde a infância, quando, sendo muito magrinha, poucos acreditavam que viveria muito.
Contudo, contrariando as previsões, ela desafiou o tempo e alcançou uma longevidade surpreendente. Vinda de uma família com seis irmãos, Inah seguiu sua vocação religiosa aos 18 anos, iniciando sua jornada em Montevidéu, no Uruguai. Mais tarde, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde lecionou português e matemática, dedicando-se à educação.
Amigos e parentes próximos relatam que, apesar das dificuldades com a audição e a visão, a freira mantém uma rotina disciplinada: acorda, come, reza e dorme sempre nos mesmos horários.
Segundo seu sobrinho, Kleber Vieira Canabarro Lucas, o segredo para uma vida tão longa é simples: “Uma mistura de determinação, dedicação aos outros e espiritualidade.”
Longevidade em destaque
No cenário global, o título de pessoa mais velha do mundo pertence atualmente à japonesa Tomiko Itooka, que, assim como Inah, também conta 116 anos, porém com um mês a mais de vida.
A história de Tomiko é igualmente fascinante: jogadora de vôlei na juventude, trabalhou em uma fábrica têxtil na Coreia do Sul e criou quatro filhos.
Mesmo com a idade avançada, ainda se recorda de suas escaladas no Monte Ontake, que subiu duas vezes ao longo da vida.
Ambas, Inah e Tomiko, são exemplos vivos de resiliência e longevidade, cada uma com sua trajetória única, mas unidas pela sabedoria que o tempo lhes conferiu.