Segredo antigo de Stonehenge revelado: arqueólogos podem ter solucionado o enigma

Feito humano ou natural? Nova pesquisa reacende o debate sobre como blocos de toneladas foram levados até o coração de Stonehenge

25/08/2025 11:00

Um enigma que atravessou milênios parece finalmente ter uma resposta. Um estudo publicado no Journal of Archaeological Science: Reports trouxe novas evidências sobre a origem das famosas bluestones de Stonehenge, o enigmático monumento pré-histórico da planície de Salisbury, na Inglaterra.

Conduzida pelo professor Richard Bevins, da Universidade de Aberystwyth, a pesquisa revisitou o chamado Newall boulder — uma rocha descoberta em escavações há cerca de um século — para tentar decifrar de onde vinham as pedras menores que compõem parte da estrutura.

O feito humano por trás de Stonehenge

Durante décadas, estudiosos estavam divididos: as rochas teriam sido carregadas por geleiras desde o País de Gales ou transportadas por humanos há mais de cinco mil anos?

As análises químicas e microscópicas responderam. O Newall boulder apresentou a mesma composição de rochas da formação de Craig Rhos-y-Felin, no País de Gales, incluindo níveis idênticos de tório e zircônio.

Isso derruba a hipótese glacial e indica que os povos neolíticos realmente deslocaram blocos de até três toneladas por mais de 200 quilômetros até o local do monumento.

Estudo recente desafia antigas explicações e revela pistas surpreendentes sobre Stonehenge
Estudo recente desafia antigas explicações e revela pistas surpreendentes sobre Stonehenge - Reprodução/Internet

O estudo também revelou que uma das pedras enterradas em Stonehenge é uma rhyolite foliated, rocha semelhante ao próprio Newall boulder, reforçando ainda mais o vínculo com Craig Rhos-y-Felin.

A fascinação por Stonehenge existe porque muitos de seus blocos vieram de mais de 200 km a oeste, no País de Gales.

Ao longo dos anos, alguns especialistas defenderam que marcas de abrasão no Newall boulder seriam evidências de transporte glacial. No entanto, a nova pesquisa argumenta que essas marcas podem ser resultado apenas da erosão natural.

Com isso, a equipe tem 95% de certeza: as bluestones foram movidas intencionalmente por humanos, o que prova que muito antes da engenharia moderna povos neolíticos mostraram ser capazes de realizar feitos monumentais.