Sol laranja e céu vermelho: professores fazem alerta sobre o fenômeno
Embora a coloração seja bonita, o sol laranja, quase vermelho, é um acontecimento alarmante; professor esclarece evento climático
Nas últimas semanas, um fenômeno tem chamado a atenção da população de grande parte do Brasil: o sol laranja, quase vermelho.
Esse efeito visual, embora atraente para fotos, indica um problema muito maior.
O que está deixando o sol laranja?
Especialistas alertam para um bloqueio atmosférico ao sul do Brasil e a presença de uma massa de ar seco, conhecida como massa tropical continental, que está provocando uma crise ambiental significativa.
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“Esse bloqueio impede a chegada de frentes frias e intensifica a seca no Brasil central e no sul”, explica o professor de geografia Alexandre Groth, da plataforma Professor Ferretto.
Esse ambiente seco favorece o aumento das queimadas, que, por sua vez, liberam fuligem e poluentes na atmosfera. Essa poluição faz com que o céu adquira uma coloração alaranjada.
Recentemente, a região metropolitana de São Paulo, por exemplo, acabou sendo classificada com ar muito ruim pelo IQAir.
Qual é o impacto das partículas na cor do céu?
Durante o pôr do sol, ele está mais próximo do horizonte, o que significa que a luz solar tem que atravessar uma camada maior de atmosfera.
Ao atravessar a camada atmosférica ocorre uma dispersão (espalhamento) da luz em diferentes direções.
“A presença de partículas em suspensão na atmosfera, tais como poeiras, aerossóis, fumaça ou poluentes, pode afetar a cor do céu durante o pôr do sol intensificando os tons laranja e avermelhados do céu”, diz o professor de física André Coelho.
Quais são os efeitos na saúde e no meio ambiente?
A poluição e o ar extremamente seco não apenas afetam a cor do céu, mas também têm impactos negativos significativos.
“O ar extremamente seco eleva as temperaturas diurnas, tornando o calor ainda mais intenso e potencializando as queimadas. À noite, embora as temperaturas possam cair, o calor extremo do dia e a poluição persistente geram um ambiente perigoso para a saúde e o meio ambiente”, ressalta Groth.
O professor Groth ressalta que o fenômeno observado no céu pode ser um sinal de uma crise ambiental mais ampla e que medidas devem ser tomadas para enfrentar esses desafios.
“Fique atento às condições climáticas e às ações necessárias para enfrentar essa situação. O que estamos vendo no céu pode ser apenas a ponta do iceberg de um problema muito maior”, finaliza o professor de Geografia.