Tarifaço dos EUA ameaça 300 mil empregos no Brasil: veja se o seu está na lista

Trabalhadores das regiões Sudeste e Sul do país são os mais impactados

26/08/2025 17:30

O tarifaço imposto pelos Estados Unidos, anunciado em julho, ameaça cerca de 300 mil empregos no Brasil. Esta medida afeta principalmente setores orientados para exportação, como o agrícola e o industrial.

Um estudo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) alerta que produtos brasileiros podem perder competitividade, resultando em uma possível queda de produção e empregos. Regiões como São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, dependentes do comércio exterior, são as mais impactadas.

Respostas governamentais

O governo federal brasileiro, buscando mitigar os efeitos negativos do tarifaço, lançou a Medida Provisória Brasil Soberano. Este plano inclui uma série de ações que visam proteger setores vulneráveis, como a deferência no recolhimento de encargos trabalhistas. O objetivo é oferecer um alívio imediato às empresas, mantendo empregos e suas operações.

Além disso, o governo federal promove o uso da Lei do Layoff, permitindo a suspensão temporária de contratos de trabalho sem demissões, e organiza férias coletivas para reduzir a pressão sobre as empresas.

Tais medidas são parte de um esforço para assegurar que os negócios possam sobreviver à queda súbita na produção causada pela redução nas exportações.

Papel do BNDES e crédito emergencial

Um dos principais elementos de suporte do governo é o financiamento do BNDES. O banco disponibilizou R$ 30 bilhões em crédito incentivado para empresas que sofreram perda de faturamento superior a 5% devido às tarifas.

Este suporte financeiro é essencial para permitir que as empresas brasileiras se adaptem e explorem novos mercados enquanto lidam com a crise.

Diplomacia e negociações em curso

Além das medidas internas, o Brasil busca negociações com os Estados Unidos na esperança de rever as tarifas impostas. O governo brasileiro trabalha em um diálogo diplomático na expectativa de que um consenso possa ser alcançado, reduzindo os efeitos das tensões comerciais e garantindo que o Brasil não sofra danos duradouros.

As ações corretivas para destravar novas opções de mercado são prioridade, e a expectativa é que as empresas atingidas pelo tarifaço possam gradualmente recuperar sua capacidade operacional.

As autoridades continuam otimistas quanto às chances de sucesso em suas negociações, buscando fortalecer a diversificação dos mercados exportadores.