Um único grito sônico pode destruir uma cidade inteira?
Experimentos simples ajudam a compreender o movimento do som nos materiais
O som representa uma forma de energia que se propaga por meio da vibração das partículas de um meio material, como o ar, a água ou sólidos. Essa propagação acontece quando uma fonte gera uma perturbação, criando ondas que viajam e podem ser percebidas pelo ouvido humano. Em situações cotidianas, como ouvir passos em um ambiente vazio ou ruídos distantes, percebe-se a capacidade do som de se deslocar por diferentes meios até atingir nossos ouvidos.

Como funciona a propagação do som
Experimentos simples ajudam a compreender o movimento do som nos materiais. O clássico exemplo dos dois copos conectados por um fio mostra como as vibrações da fala percorrem o fio até alcançar o outro copo, permitindo a audição. Isso evidencia que o som não é algo físico, mas o resultado do movimento ordenado das partículas, transmitindo energia até nossa audição.
Além disso, diferentes meios afetam a velocidade e a distância de propagação das ondas sonoras, sendo o som transmitido mais rápido em sólidos do que em líquidos e gases devido à proximidade das partículas.
Como é feita a medição da intensidade do som
A intensidade do som é medida utilizando o decibel (dB), facilitando a comparação entre sons de diversas intensidades. O decibel segue uma escala logarítmica, pois o ouvido humano detecta um amplo espectro de volumes, e pequenas diferenças em dB representam variações expressivas de volume.
A seguir, apresentamos exemplos práticos de intensidades comuns, comumente encontradas no ambiente:
- 30 dB: Ruído suave, como um sussurro ou uma biblioteca silenciosa.
- 60 dB: Conversa comum entre pessoas próximas.
- 85 dB: Ruído constante de trânsito intenso.
- 130 dB: Sirene muito alta ou shows com música elevada.
- 150 dB: Próximo a turbinas de avião operando.

Quais são os efeitos do som intenso para o corpo humano
Exposições prolongadas a sons intensos podem causar danos ao sistema auditivo, principalmente acima de 85 dB, onde ocorrem lesões nas células sensoriais do ouvido. Em níveis superiores a 120 dB, aparecem sintomas como dor aguda, risco de ruptura no tímpano e alterações fisiológicas, como aumento da pressão arterial.
Veja alguns possíveis impactos do contato com sons intensos, de acordo com a intensidade:
- A partir de 85 dB: Início de danos às células auditivas.
- 120 a 140 dB: Dor intensa e risco de lesão no tímpano.
- Mais de 150 dB: Prejuízos permanentes, com possibilidade de ferimentos físicos.
- Ultrapassando 180 dB: Risco de danos materiais expressivos, além da saúde.
Qual é o limite máximo de intensidade do som no ar
No ar, o valor máximo teórico da pressão sonora é de aproximadamente 194 dB, pois a essa intensidade as ondas sonoras criam regiões de vácuo entre partículas. Acima desse ponto, ocorre a transformação do som em ondas de choque, com potencial altamente destrutivo.
Um exemplo histórico é a erupção do vulcão Krakatoa, em 1883, cujo estrondo alcançou cerca de 194 dB e foi ouvido a milhares de quilômetros de distância, ilustrando o limite extremo do som em nossa atmosfera.
O som pode destruir construções e cidades
O som, por si só, tem limites naturais de potência e propagação no ar. Para causar destruição urbana, a energia deve ultrapassar os limites sonoros e alcançar níveis de onda de choque, como visto em explosões intensas ou eventos catastróficos.
Alguns exemplos ficam claros ao observar situações extremas e desastres:
- Bomba atômica de Hiroshima em 1945: O estrondo se uniu a calor e radiação, causando destruição em larga escala.
- Erupções vulcânicas potentes: Gerações de ondas de choque superam a função original do som.
Entender os efeitos e limites do som auxilia na prevenção de danos à saúde auditiva e integridade ambiental. Mesmo que exposições extremas não ocorram no cotidiano, a conscientização sobre o assunto destaca a importância de proteção em ambientes ruidosos.