Vale mais a pena fogão a gás ou elétrico? Qual é o mais econômico

Com a variação constante nos preços dos combustíveis e da energia elétrica, uma dúvida comum paira sobre a cabeça de quem cozinha diariamente: afinal, o que pesa menos no bolso no final do mês? Para responder a essa questão, um experimento prático colocou lado a lado um fogão tradicional a gás e um moderno cooktop de indução, preparando exatamente a mesma refeição.

Como o teste de consumo foi realizado

Para garantir que a comparação fosse justa, o teste envolveu o preparo de um almoço completo: arroz, feijão, macarrão e ovo frito. Foram utilizadas as mesmas panelas e quantidades idênticas de alimentos em ambos os equipamentos. O objetivo era simular uma situação real do cotidiano brasileiro, fugindo de testes puramente laboratoriais.

A medição do gasto foi feita com precisão. No caso do fogão elétrico por indução, um wattímetro registrou o consumo de energia em tempo real. Já para o fogão a gás, o botijão foi pesado em uma balança industrial de alta resolução antes e depois do preparo, permitindo calcular exatamente quantos gramas de gás foram queimados durante o processo.

Quem venceu a batalha dos centavos?

Ao final do cozimento, os números revelaram uma pequena, mas significativa, vitória para a tecnologia mais moderna. Considerando os valores médios vigentes na época do teste (R$ 0,77 por kWh e R$ 120,00 pelo botijão de 13kg), o custo para preparar a refeição no fogão de indução foi de aproximadamente R$ 0,74, enquanto no gás o valor subiu para R$ 0,92.

Essa diferença de quase 20 centavos por refeição pode parecer irrelevante num primeiro olhar, mas ao longo de um mês ou ano, a economia se torna perceptível. O teste mostrou que, contrariando o senso comum de que “tudo o que é elétrico gasta muito”, a eficiência da indução, que aquece diretamente a panela sem perda de calor para o ambiente, compensa o custo da eletricidade.

Abaixo um vídeo do canal Manual do Mundo no YouTube, onde Iberê Thenório realiza um teste prático comparando o consumo de gás e energia elétrica ao cozinhar uma refeição completa.

Comparativo direto de desempenho e custos

Além da questão financeira, é importante observar que cada sistema possui características que influenciam na experiência de uso. Enquanto o gás oferece aquela familiaridade e controle visual da chama, a indução traz segurança e limpeza facilitada, embora exija panelas específicas. Veja abaixo um resumo dos dados coletados e das principais diferenças:

Detalhes importantes para a sua escolha

Embora a indução tenha se mostrado mais econômica neste cenário específico, há variáveis a considerar antes de trocar seu eletrodoméstico. O fogão a gás utilizado no teste era um modelo antigo, o que pode ter influenciado na eficiência da queima. Um fogão novo e bem regulado poderia diminuir essa diferença de custo, aproximando os resultados.

Outro fator crucial é o investimento inicial. Migrar para a indução muitas vezes requer a compra de um jogo novo de panelas de fundo triplo ou ferro fundido, além do próprio cooktop, que não possui forno embutido. Portanto, a decisão deve ponderar não apenas a economia na conta de luz, mas a adaptação ao novo estilo de cozinhar e a infraestrutura da sua cozinha.