Vaza Jato detectou até traição conjugal
Segundo reportagem da Veja, hackers também descobriram "pulada de cerca" em mensagens do Telegram
Na confiança de que as mensagens trocadas por meio do aplicativo Telegram fossem efêmeras e jamais descobertas, figurões da República não resistiram ao simples “teste de fidelidade”. Moralistas e cristãos para o público, segundo a Veja, havia casos de traição conjugal nos bastidores da operação Lava Jato.
Desde 9 de junho, o site The Intercept Brasil divulga supostas mensagens trocadas pelo então juiz federal titular da Lava Jato em Curitiba com integrantes do Ministério Público Federal. Foram divulgadas pelo The Intercept e outros veículos conversas atribuídas ao ex-juiz Sergio Moro e a procuradores no aplicativo Telegram.
Segundo a Polícia Federal, Walter Delgatti Neto, conhecido como “Vermelho”, prestou depoimento e revelou ter clonado o celular de Dallagnol e invadido o celular de Moro. Vermelho acumula processos por estelionato, falsificação de documentos e furto.
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Vermelho foi preso na Operação Spoofing, ação determinada pelo juiz da 10ª Vara Federal de Brasília, Vallisney de Souza Oliveira.
Os ataques a celulares de autoridades ligadas à Operação Lava Jato começaram pelo aparelho do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, em abril deste ano. A partir do Telegram instalado no aparelho dele, o invasor teria então chegado aos grupos de conversa com procuradores. Assim, o hacker conseguiu os números de celulares dos integrantes.
Depois disso, os procuradores da Lava Jato no Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro tiveram supostamente seus smartphones invadidos. Todos os telefones de procuradores do Paraná teriam tido o aplicativo acessado, mas ainda não se sabe quais conversas foram copiadas.