Veterinário lista raças de cães que exigem mais cuidados
5 raças de cães que podem ser um desafio segundo veterinário
Muitos futuros tutores de cães buscam orientação qualificada antes de escolher uma raça para acompanhar sua rotina. Recentemente, o veterinário sul-africano Amir Anwary ganhou destaque ao compartilhar, em suas redes sociais, uma análise criteriosa de cinco raças de cães que podem ser desafios como animais de estimação. Com mais de 736 mil seguidores apenas no TikTok até 2025, o profissional busca alertar sobre questões de saúde e comportamento que podem impactar significativamente a vida dos tutores.
Entre os motivos destacados pelo veterinário, destacam-se problemas de saúde comuns a certas raças e mudanças consideráveis exigidas no cotidiano dos proprietários. Ele enfatiza que seu objetivo não é desencorajar o vínculo com os pets, mas promover a escolha consciente, especialmente para aqueles que consideram um novo amigo de quatro patas e desejam evitar surpresas desagradáveis, como contas veterinárias elevadas ou mudanças de rotina intensas.
Quais raças de cães demandam mais atenção do tutor?
De acordo com Amir Anwary, algumas das raças caninas mais populares na Europa, como taxa (dachshund) e labrador retriever, aparecem em sua lista devido à exigência de cuidados específicos. No caso dos dachshunds, sua anatomia de tronco alongado os torna vulneráveis a doenças de disco intervertebral (IVDD), um problema na coluna que pode ser agravado pelo excesso de peso. Esses cães também tendem a ser teimosos, vocalizar bastante e apresentam sinais de ansiedade de separação quando ficam sozinhos.
Outra raça mencionada frequentemente em clínicas veterinárias é o bulldogue francês. Esse cão se tornou um símbolo de fofura, mas possui predisposição para problemas respiratórios por conta da face achatada, além de complicações dermatológicas e lombares. O custo elevado para adquirir um exemplar dessa raça também é um fator levantado por Anwary, já que nem sempre garante menor propensão a doenças hereditárias.

Por que algumas raças comuns podem não ser ideais para todos os tutores?
Segundo o veterinário Amir Anwary, optar por um border collie traz consigo desafios de ordem física e mental. Como cão de pastoreio, o border collie requer alto nível de estímulo, tanto em exercícios quanto em atividades de inteligência, sendo considerado um verdadeiro “camisa 10” entre os cães de trabalho. Essa necessidade contínua pode ser incompatível com tutores de rotina mais tranquila ou que passam longos períodos fora de casa.
A belga malinois, outra raça reconhecida por sua atuação como cão de guarda e policiamento, também demanda atenção redobrada. Esses cães são considerados verdadeiras “máquinas” de energia, necessitando de tarefas e exercícios intensos para canalizar seu instinto. Quando subestimados, mostram comportamentos destrutivos e ansiedade, cenário comum nos lares que não conseguem suprir suas necessidades naturais.
O labrador, extremamente popular como cão de companhia, pode surpreender por seu apetite e tendência ao sobrepeso. Segundo Anwary, esses cães consomem praticamente qualquer alimento à disposição e, se não houver controle no manejo alimentar, acabam desenvolvendo obesidade – quadro que afeta diretamente sua saúde e bem-estar.
Como lidar com as particularidades dessas raças?
Decidir por uma dessas raças exige planejamento e comprometimento, já que muitas carecem de acompanhamento veterinário frequente, adestramento e adaptação do ambiente. Para minimizar riscos à saúde, recomenda-se:
- Realizar consultas veterinárias preventivas, incluindo check-up de coluna para dachshunds e bulldogues.
- Estabelecer uma rotina de exercícios diários intensa para border collies e belgas malinois.
- Monitorar o peso regularmente, especialmente em labradores e raças predispostas à obesidade.
- Buscar alimentação balanceada e evitar excesso de petiscos.
- Oferecer atividades de estímulo mental, como brinquedos interativos e desafios de obediência.
Que critérios considerar antes de escolher uma raça de cachorro?
A escolha da raça ideal vai muito além da aparência ou da popularidade. Entre os fatores a serem analisados, destacam-se:
- Compatibilidade com o estilo de vida: cães que exigem muita energia encaixam-se melhor em lares ativos;
- Predisposição genética a doenças: consultar um veterinário sobre problemas comuns à raça;
- Tempo disponível para cuidados: raças que precisam de treino e atenção constante demandam tutores dedicados;
- Capacidade financeira: gastos com saúde, alimentação e acessórios precisam ser considerados;
- Espaço físico disponível: cães maiores ou muito ativos requerem áreas amplas para brincar e gastar energia.
Buscar informações confiáveis e conversar com profissionais amplia as chances de garantir o bem-estar do animal e dos tutores, evitando frustrações e promovendo uma convivência saudável e harmoniosa.