Bolinha entra na máquina de lavar para combater plástico no mar
Estrutura imita os recifes de corais no trabalho de filtragem de microfibras que se desprendem das roupas
É preciso estar de olho vivo na quantidade de plástico no mar. Mas às vezes é necessário um olhar de lince para detectar todas as fontes desse tipo de poluição.
Pense nas roupas que você usa, por exemplo. Elas geralmente estão cheias de microfibras de plástico.
Para evitar que esses dejetos parem nos oceanos, foi criada uma bolinha que os filtra na máquina de lavar.
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A inventora da Cora Ball, a bolinha filtrante de microfibras de plástico, é Rachael Miller, que cursou arqueologia subaquática e é também marinheira, nadadora e esquiadora.
Quando esteve no Maine, na costa leste dos EUA, com o marido, em 2009, Rachael percebeu que precisava montar uma organização para combater o plástico no mar.
Assim surgiu o Projeto Rozalia. Seus focos são educação, pesquisa e inovação.
Foi nessa organização que surgiu a Cora Ball. A bolinha atua a partir do princípio da biomimética. Ou seja, imita a natureza na realização de uma atividade.
No caso, sua filtragem é feita aos moldes da dos recifes de corais. Eles funcionam como verdadeiros filtros marinhos.
Uma vez na máquina de lavar, a bolinha retém as microfibras de plástico que passam por ela com o fluxo da água.
Consequentemente, cerca de um terço das microfibras de uma lavagem são capturadas, segundo os inventores da Cora Ball.
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Para desenvolvê-la, foi criada uma startup e lançada uma campanha de financiamento na plataforma Kickstarter. Como resultado, foram angariados US$ 350 mil (R$ 1,3 milhão).
Fabricada em Vermont, na região da Nova Inglaterra (EUA), a Cora Ball é composta de plástico 100% reciclado e reciclável.
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Curadoria: engenheiro Bernardo Gradin, presidente da GranBio e especialista em soluções sustentáveis.