Estilo de vida lixo zero ganha loja de produtos em São Paulo
A Mapeei, na rua Augusta, venderá artefatos para quem quer se ver livre do plástico, como escovas de dente de bambu e garrafas de água feitas de inox
Há pouco mais de um ano, iniciativas por uma vida sem plástico mal estavam no mapa da população brasileira. Nos últimos meses, porém, projetos ligados à cultura do lixo zero se multiplicaram no país, na visão da empreendedora e geógrafa Lívia Humaire, de 34 anos. Ativista da sustentabilidade, ela agora quer ajudar outras pessoas a aderir a um estilo de consumo consciente; para tanto, montou uma loja de produtos voltados à minimização do lixo plástico.
Ao lado da sócia Lori Vargas, designer de 42 anos, Lívia abre no dia 9 de setembro as portas da Mapeei – Uma Vida sem Plástico, à rua Augusta, 1.524, loja 19, em São Paulo.
No local, serão comercializados itens para quem quer se livrar do lixo plástico em suas vidas: composteiras, garrafas reutilizáveis, canudos de vidro e de inox, marmitas de inox, escovas de dente feitas de bambu, kits de talheres para comer fora de casa, cosméticos orgânicos, grãos alimentícios e outras mercadorias que dispensam embalagens plásticas.
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Haverá ainda cursos para que as pessoas “entendam a ideia” do lixo zero – e devem ser oferecidos a custo também zero, segundo Lívia. “Já realizamos dois, um de veganismo de baixo custo e outro de máscaras faciais e beleza sem lixo”, afirma. “Eles fizeram parte das recompensas do Catarse [plataforma de crowdfunding que ajudou a viabilizar o projeto].”
O nome da loja, Mapeei, diz muito sobre o processo que levou à sua criação: em 2017, a geógrafa viajou por cinco países europeus e pelos EUA para prospectar o que existe de mais novo em vida sem plástico. A experiência foi relatada em um blog.
“Quando cheguei de volta ao Brasil, em agosto do ano passado, já queria montar a loja, mas ainda eram poucos os produtores no país voltados para o lixo zero”, diz. “De lá para cá, houve um boom no mercado brasileiro em relação a esse conceito. O número de fabricantes de xampu que dispensa embalagens plásticas, por exemplo, era de apenas cinco; hoje, é incontável.”
Apesar dessa evolução, algumas mercadorias ainda têm de ser importadas. “As escovas de bambu são feitas na China”, exemplifica. Um dos diferenciais da loja é identificar claramente a origem de cada um dos itens que comercializa.
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As embalagens utilizadas no estabelecimento são de tecido de algodão cru e também de outro que é fabricado por uma cooperativa que emprega pessoas diagnosticadas com transtornos mentais. “Nosso intento é dar espaço para fornecedores com preocupações sustentáveis”, diz Lívia.
A loja, por sinal, é um espelho do próprio estilo de vida de sua fundadora. “Logo que comecei a estudar geografia em Florianópolis, já me interessei pelo tema”, conta ela, que é paulistana.
Sua única filha, Iuna, de 10 anos, já é entusiasta do assunto; o marido, Markus, 33, que é arquiteto, também aderiu, a despeito de o ritmo frenético de São Paulo não ajudar quem trabalha fora a sempre usar seus próprios utensílios na hora de comer.
A Mapeei vai funcionar de terça a domingo, das 13h às 20h.
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Curadoria: engenheiro Bernardo Gradin, presidente da GranBio e especialista em soluções sustentáveis.