Preservação do ipê-roxo inclui estudo de suas variações genéticas
Pesquisadores da Embrapa e das universidades federais de Goiás e de Lavras examinam código genético da espécie para determinar melhores práticas de manejo
Quanto mais bem adaptado ao seu meio, mais um indivíduo tem chances de prosperar. Acha que estamos falando só de seres humanos? Nada disso. O raciocínio vale para árvores também. Assim, a preservação do ipê-roxo ganha um importante aliado. Trata-se dos estudos do DNA da espécie, baseado em um novo sistema de genotipagem – ou exame do código genético.
Esses estudos vêm sendo realizados por cientistas da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (DF), da Universidade Federal de Goiás (UFG) e da Universidade Federal de Lavras (Ufla).
A lógica da importância do trabalho desses pesquisadores para a preservação do ipê-roxo é simples.
O exame do seu DNA fornece pistas sobre a relação da espécie com o local em que se desenvolveu. E mostra quais características ela adquiriu com o tempo – suas variações genéticas – para sobreviver ali.
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Por sinal, o ipê-roxo estabeleceu populações em diversos ambientes do território brasileiro – no Norte, no Nordeste, no Centro-Oeste e no Sudeste.
Dessa forma, a análise do DNA ajuda a estabelecer as melhores práticas de manejo sustentável a partir das características genéticas da planta em cada uma dessas regiões.
É possível, por exemplo, haver diferenças em relação ao intervalo recomendado entre um corte e outro das árvores.
No início de 2018, os pesquisadores já haviam desvendado a sequência de DNA no conjunto de genes da espécie.
Agora, com a análise das suas variações genéticas, é dado mais um passo importante para as estratégias de preservação do ipê-roxo.
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Curadoria: engenheiro Bernardo Gradin, presidente da GranBio e especialista em soluções sustentáveis.