Colunista da Folha: Jair Bolsonaro admira um assassino e ladrão
Neste momento em que Jair Bolsonaro faz pressão contra o ditador Maduro, da Venezuela, em nome dos ideais democráticos, causa polêmica seu elogio a outro ditador latinoamericano.
Um dos mais respeitados jornalistas brasileiros, Clóvis Rossi, colunista da Folha, fez um duro artigo sobre o elogio de Bolsonaro ao falecido Alfredo Stroessener, ditador paraguaio.
Ao chamar o general paraguaio Alfredo Stroessner de “estadista”, Jair Bolsonaro desqualifica a si próprio como presidente de um regime democrático.
Stroessner nunca foi um estadista e, sim, um nefando déspota assassino.
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Bolsonaro nem precisaria recorrer à ampla bibliografia que conta a história da ditadura do período 1954-1989. Bastaria conhecer, por exemplo, decisão de 2003 da justiça paraguaia que determinou o embargo dos bens de Stroessner (então exilado no Brasil), em uma causa por violação aos direitos humanos.
Foi responsabilizado pela morte sob tortura, em 1974, de Celestina Pérez de Almeida, esposa do educador Martín Almada.
Mas esse fato, por si só, não comoveria Bolsonaro, cujo ídolo chama-se Carlos Alberto Brilhante Ustra, o primeiro militar condenado pela justiça pela prática de tortura. Quem admira um torturador admira todos eles.
Mas Stroessner não era apenas um ditador. Era também tão corrupto que o juiz Arnaldo Fleitas estimou, certa vez, a sua fortuna de Stroessner em US$ 500 milhões (equivalentes hoje a R$ 1,8 bilhão), distribuídos em contas secretas na Suíça ou abertas em nomes de terceiros e da empresa Sur Inmobiliaria, administrada por alguns de seus netos.