Entenda a tolice que faz Jair Bolsonaro chamar Globo de inimiga
Chamar as Organizações Globo de inimiga é uma tolice de Bolsonaro sobre como funcionam os veículos de comunicação.
Se tivesse ao seu lado não um filho com óbvias tendências paranoicas mas jornalistas experientes, não ficaria vendo fantasmas e aumentando as crises.
O fato: ele não sabe lidar com a liberdade de imprensa.
Compreensível: para Bolsonaro não existiu censura à imprensa no Brasil.
Aliás, nem existiu ditadura.
O jornalismo sério depende um ingrediente essencial: ser crítico em relação a quem tiver poder.
Não apenas governo.
Mas empresários, sindicatos, times de futebol, celebridades.
É essa independência, combinada com a qualidade de suas reportagens, editoriais e colunistas, que faz um veículo de comunicação um jornal mais ou menos importante ao longo do tempo.
Simples assim: a Globo apenas segue essa receita de credibilidade.
Uma receita que seguiu Folha, Veja ou Estadão.
Diferente de outras emissoras como Record, RedeTV! ou SBT, a Globo é uma empresa fundada por jornalistas.
E apanhou muito, ao longo de história, pelo alinhamento com militares, cobertura das diretas ou de Fernando Collor.
Eles fizeram uma virada em nome da sobrevivência para se mostrarem independentes.
Assim agiram em relação a Dilma Roussef e Lula.
Se Bolsonaro conhece um pouco o funcionamento dos meios de comunicação – e não fosse paranoico – saberiam tirar melhor proveito dos jornalistas.
Afinal, são justamente os grandes veículos de comunicação seus grandes aliados no debate sobre a reforma da previdência.