Lula pede ao STF para ir ao enterro, desafia Moro e Bolsona

Lula transformou o enterro de do seu irmão no principal fato político do dia – e, novamente, ele se colocando como vítima de um governo que o persegue.
O enterro virou um jeito de bater diretamente com Sérgio Moro.
Ele recorreu ao Supremo Tribunal Federal para derrubar a decisão que negou seu pedido de ir ao velório do seu irmão Genival Inácio da Silva.
Quem vai julgar o pedido Dias Toffoli, presidente do STF.

O fato que apavora o governo: se Lula vencer, esse enterro vai juntar dezenas de milhares de pessoas, transformando-se numa manifestação política.
Afinal, a PF é subordinada ao ministro da Justiça, Sérgio Moro, responsável pela prisão de Lula.
Um dos argumentos usados pela PF: Brumadinho.
Explicação: por causa da tragédia em Minas, a PF estaria sem helicópteros e aviões disponíveis.
Os advogados de Lula foram à Justiça pedir que lhe fosse concedido o direito previsto na Lei de Execução Penal, que considera a possibilidade de prisioneiros irem ao velório de parentes em primeiro grau.
O direito existe, mas está sujeito a permissão do agente de custódia e da Justiça.
A Polícia Federal respondeu que não. Durante a madrugada, a Justiça reiterou a negativa. Os argumentos incluem a falta de helicópteros da PF, deslocados para Brumadinho, os problemas para garantir a segurança do ex-presidente, e a dificuldade de organizar a logística da ida em tão pouco tempo.
Nesse caso, as explicações técnicas ( até compreensíveis) serão submetidas ao jogo político.
PT está usando o caso para mostrar que Lula está sendo perseguido e tratado com desumanidade, por não poder enterrar o irmão.
Mesmo gente próxima de Bolsonaro, como o general Mourão, acha que ir ao enterro de parente é uma questão humanitária.