Brasileiro com paralisia cerebral faz corridas de rua e é exemplo

Nos 15 km da Corrida Internacional de São Silvestre de 2017, em São Paulo, o educador físico Bruno Sartori teve a companhia de Alexandre Lima Barros, de 38 anos, atleta com paralisia cerebral.

O percurso, feito em 2h22min, não foi fácil, de acordo com informações do jornal “Folha de S.Paulo”. Uma das dificuldades foi controlar a cadeira de rodas, improvisada com uma rodinha de maca. “Um membro da organização disse que não conseguiríamos. ‘Você tá maluco? Vão correr com essa cadeira?’, ele falou para mim”, diz o educador.

Brasileiro com paralisia cerebral faz corridas de rua como a São Silvestre (foto) e vira exemplo

A mesma cadeira de rodas foi utilizada durante a Meia Maratona de São Paulo, também disputada por ambos neste ano.

Eles se conheceram quando Sartori passou a trabalhar em uma ONG, há 13 anos. Interno no local desde 1988, Barros ficava isolado em um quarto. Mas a prática esportiva reverteu esse quadro. “Ao longo dos anos houve grande melhora da autoestima dele. Quando treinamos, ele fica mais sorridente”, conta Sartori. “Hoje, eu marco treino e não preciso mais buscá-lo no quarto, ele vem sozinho. E muitas vezes chega antes de mim e diz que estou atrasado.”

O atleta tem dificuldade para falar, mas sabe ler, além de escrever com os pés. E a corrida não é o único esporte que pratica –é o único cadeirante da ONG que nada sozinho, além de jogar bocha.

Brasileiro com paralisia cerebral faz corridas de rua como a São Silvestre e vira exemplo

Suas atividades motivaram seus colegas da ONG. “O Alexandre virou referência na casa. Os outros perguntam como são os hotéis em que ele fica hospedado, vão até o quarto dele para ver as medalhas”, afirma Sartori.

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