Aos 60, mãe de advogado assassinado entra no curso de direito

A mãe do advogado Danilo Sandes, brutalmente assassinado em Araguaína (TO) em 2017, decidiu ingressar no curso de direito aos 60 anos. Luzia Sandes de Brito também mantém o escritório do filho funcionando e, como queria Danilo, dá oportunidade para advogados recém-formados.

Aos 60 anos, mãe de advogado assassinado no TO no ano passado entra no curso de direito

Luzia está no início da graduação, de acordo com informações do site T1 Notícias. Prestou vestibular em duas instituições diferentes e passou em ambas. “Estou em uma sala com jovens, a maioria de 17 anos, mas fui muito bem acolhida, me tratam muito bem, me tratam de igual para igual e isso me deixa muito tranquila”, orgulha-se Luzia. “Os professores também me tratam muito bem, me veem como as outras acadêmicas e isso é muito bom.”

Ela conta como surgiu o desejo de cursar direito. “Quando ele morreu, eu comecei a pensar: ‘E agora, o que vai ser da minha vida?’, disse. “Ele estava ampliando este escritório, cheio de sonhos. Na semana da sua morte ele chegou de uma viagem de Marabá (PA) e me disse: ‘Mãe, eu estou tão cansado, mas também muito feliz. Está dando tudo certo em minha vida’. No dia seguinte, ele desapareceu.”

Advogado Danilo Sandes, de 32 anos, desapareceu na manhã do dia 25 de julho de 2017

O advogado, então com 32 anos, inauguraria novos escritórios em Araguaína, Palmas e, ainda, em Novo Repartimento (PA). “Então eu tive a ideia de manter o escritório, dar continuidade aos sonhos e projetos de Danilo”, explica a mãe. “Um deles era de trabalhar com advogados recém-formados, porque quando ele terminou a faculdade, encontrou quem lhe desse essa oportunidade.”

A seccional Araguaína da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) também inaugurou um escritório com o nome do rapaz. A intenção é a mesma: dar suporte para recém-formados e advogados em trânsito.

Danilo Sandes desapareceu na manhã de 25 de julho do ano passado e seu corpo foi encontrado quatro dias depois, às margens de uma rodovia. O crime teria acontecido porque Danilo não quis participar de uma fraude que beneficiaria um cliente em uma herança.

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