A criatividade é capaz de salvar os animais?

Costuma-se dizer que o cachorro é o melhor amigo do homem. Nem sempre a recíproca é verdadeira. A criatividade dos publicitários tenta resolver essa questão. Nesta semana fez sucesso uma ação da agência Dim&Canzian, que criou o anúncio interativo “Cão Seguidor” para a ONG Adote um Vira Lata, uma das maiores organizações não governamentais do gênero no Brasil.

Enquanto a pessoa lê sua revista no tablet, ela se depara com uma matéria sobre a adoção de animais. A partir daí, a cachorra publicada na reportagem ganha vida e começa a seguir o leitor pelas próximas quatro páginas até chegar ao anúncio da ação, onde ele é convidado a adotá-la ou conhecer outros cães que esperam a oportunidade de ter um novo lar.

Mas os caninos não são os únicos que sofrem com a falta de cuidados. Confira essas e outras ideias que além de saírem da caixa, são capazes de impactar o público e levantar a questão dos maus tratos com os bichos.

Esse é o anúncio “Cão Seguidor”:

Na ação abaixo, uma mulher é literalmente torturada publicamente numa espécie de aquário. O objetivo é expor testes de cosméticos em animais. A campanha foi criada pela marca Lush, em Londres. A ideia é simular os laboratórios que costumam fazer experimentos com animais.

Essa outra campanha da PETA, assinada pela BBDO de Nova York, mostra o chocante encontro entre um macaco artista e uma arma de fogo. Curiosidade: o animal do vídeo foi criado em computação gráfica. “Você poderia viver esta vida?”, diz o narrador.

Esta peça foi criada pela Heads Propaganda para Instituto Sea Shepherd e questiona a matança desenfreada de animais marinhos.

Você já se perguntou por que os porcos, frangos, bois e vacas não entram na lista de animais em extinção? Este é o questionamento da Fischer na campanha institucional da Conservação Internacional. As peças colocam animais raros no lugar daqueles bichos protegidos pelo dinheiro.

A BBDO da Espanha criou peças, como essa abaixo, para a WWF, com forte apelo visual e reflexivo. O conceito diz que “a extinção não pode ser consertada”.

Por Renato Rogenski, editor-chefe do Portal Adnews