Garotos africanos melhoram agricultura com ‘titica’ de galinha
Os garotos Bonkhe Mahlalela e Sakhiwe Shongwe são da Suazilândia, na África. Aos 14 anos, eles venceram o prêmio Ciência em Ação da revista “Scientific American”. Com o mesmo projeto, também chegaram à final da Google Science Fair. A ideia dos estudantes foi a de melhorar a agricultura hidropônica para produtores pobres do país usando “titica” (esterco) de galinha.
https://www.youtube.com/watch?v=87x8EEUHq7k&feature=youtu.be
Shongwe é voluntário em projetos ambientais e estuda com Mahlalela. Ambos foram inspirados pelo professor de ciências da escola.
“De acordo com a Junta Nacional de Marketing Agrícola (NAMBoard), até 80% dos produtos frescos consumidos na Suazilândia a cada ano são importados da África do Sul”, explicaram os meninos no projeto. “Cerca de 60% das pessoas ainda dependem da agricultura de subsistência. Segundo a Organização Mundial de Saúde, 69% da população vive abaixo da linha da pobreza, enquanto 48% vivem com menos de um dólar por dia.”
Segundo eles, secas recorrentes, perda de fertilidade do solo e métodos agrícolas tradicionais contribuíram para a escassez severa de alimentos. Assim, eles pensaram que o sistema simplificado de hidroponia podia ser considerado uma alternativa eficaz, mas esse método era muito caro para os agricultores locais.
Foi então que eles se perguntaram se o atual método hidropônico podia ser adaptado para uso dos agricultores de subsistência pobres da Suazilândia a fim de aumentar a produção de alimentos. Incentivados por esse desafio, eles desenvolveram o USHM (Unique Simplified Hydroponics Method, ou Método Único Simplificado de Hidroponia).
Para isso, cultivaram hortaliças usando caixas recicladas. Em seguida, dissolveram nutrientes de “titica” (esterco) de galinha na água usada para regar. “Nosso objetivo era produzir grande quantidade de culturas em uma área relativamente pequena, sem prejudicar o meio ambiente com produtos químicos, como fertilizantes”, explicaram.
Os resultados que alcançaram não poderiam ser melhores. Saiba mais sobre o projeto dos meninos no link da Google Science Fair, evento em que 15 finalistas mundiais de 13 a 18 anos criam seus projetos na sede da gigante da tecnologia, na Califórnia, para que juízes e o público em geral vejam.
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