Alunos da Fatec criam site para auxiliar cadeirantes

Startup de impacto social é resultado de um dos projetos vencedores do Desafio Inova Paula Souza

09/01/2019 00:00 / Atualizado em 02/05/2019 20:26

Com objetivo de facilitar a vida de dos cadeirantes, dois alunos da Fatec (Faculdade de Tecnologia de São Paulo) criaram uma startup de impacto social focada no mercado de tecnologias assistivas.

Trata-se do site Liberstore, loja virtual de acessórios para cadeirantes que pretende doar uma unidade a uma associação beneficente conforme atingirem as metas de venda.

Renan Capeletto apresenta o site Liberstore ao lado do professor Antonio Celso Duarte no iCenter da Fatec São Paulo
Renan Capeletto apresenta o site Liberstore ao lado do professor Antonio Celso Duarte no iCenter da Fatec São Paulo

A iniciativa é dos alunos Renan Capeletto, do curso de mecânica de precisão, e Gabriel Sávio, do curso de mecânica -modalidade projetos, da unidade Bom Retiro, ma capital. Eles desenvolveram o portal no iCenter, o centro de inovação da Fatec São Paulo, com mentoria do professor Antonio Celso Duarte.

Segundo Capeletto, a ideia surgiu após a conquista da quinta edição do Desafio Inova Paula Souza de Ideias e Negócios, na categoria Saúde, com o projeto Liberlift. Ele e outros dois estudantes apresentaram a proposta de uma cadeira de rodas multifuncional com sistema de esteiras mecânicas automatizadas, que permite subir degraus e circular em terrenos irregulares.

“Estávamos em busca de um investidor para lançar a ideia no mercado, mas, para isso, nos faltava um protótipo comercial, que tem um custo para ser desenvolvido. Então, resolvemos criar o site como forma de levantar recursos para o projeto”, conta.

Baixo custo

Ao longo de dois meses de trabalho intenso ao lado do colega Gabriel – que também já venceu uma edição anterior do Desafio Inova com o projeto Mobictor–, Renan fechou acordos com fornecedores e uma empresa de logística. O portal foi lançado no último mês de dezembro.

“Prezamos por um modelo de negócio de baixo custo, sem estoque nem centro operacional de distribuição. O produto segue direto do fornecedor para o consumidor final. Com isso, conseguimos oferecer preços competitivos e até estabelecer uma margem para doações”, afirma.

O próximo passo, segundo ele, será o investimento em ferramentas de relacionamento com o público. “Vamos criar uma comunidade online, em que os clientes poderão interagir entre eles e conosco, para estruturarmos uma marca 100% alinhada aos gostos e necessidades do consumidor”, destaca.