Alunos de escola pública fazem ação para recuperar lago de SP

Os alunos da Escola Estadual Zezinho Portugal, que fica na cidade de Guaíra, em São Paulo, participaram de um projeto para resolver um problema que assola a comunidade: a poluição do lago Maracá, localizado no centro da cidade.

Essa história faz parte da série para o movimento Sou Responsável, cuja meta é estimular o protagonismo dos brasileiros. Em pleno ano eleitoral, o Catraca Livre e o Instituto SEB de Educação decidiram apoiar essa campanha para ajudar o brasileiro a também ser parte das soluções, e não do problema.

A escola pública fica a poucos metros do Maracá, que integra um parque homônimo, fundado em 1984. Ali, há áreas de lazer, esporte e cultura, além de vegetação nativa.

O projeto Preservar a Água é Preservar a Vida focou na preservação do local por meio da conscientização da população guairense –com aproximadamente 47 mil habitantes–, para que não descarte lixo no local.

No início deste ano, a sujeira entupiu as redes pluviais e, com a aproximação da 5ª Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente, a escola resolveu criar o projeto.

Os estudantes do ensino médio foram os principais envolvidos, mas logo os alunos do ensino fundamental já estavam ajudando. Os pequenos fizeram maquetes após as pesquisas e os maiores trabalharam na conscientização e na coleta do material reciclável, entre outras atividades.

Depois de coletado o lixo depositado nas margens do lago, tudo foi armazenado e descartado corretamente. Também foi calculada a quantidade de lixo descartado incorretamente para alertar a população. Houve, ainda, análise da qualidade da água.

Raissa Teixeira Ferreira, de 13 anos, foi uma das alunas escolhidas para representar o colégio na conferência. “A poluição foi chegando e as pessoas não faziam nada para colaborar. Aí juntou muito lixo”, explica. “Mas nós já tiramos muito material.”

Outra aluna escolhida para integrar o evento teve a ideia de usar os itens coletados e recicláveis na decoração da própria escola. Os estudantes também pretendem fazer uma pesquisa sobre a origem do lago e do parque para posterior produção de material audiovisual, maquetes e cartazes.

O projeto chamou a atenção e conquistou alguns parceiros importantes, como órgãos públicos.

“A gente tem tido retorno dos moradores. A rádio da cidade até entrou em contato conosco, porque a notícia já correu”, contou a professora coordenadora da escola, Rogéria Cristina Feitosa da Silva.

Anteriormente, o colégio já tinha desenvolvido uma ação para captar água da chuva do telhado e reutilizá-la para lavar o pátio e regar o jardim da escola.

Todos os dias, o Quem Inova apresenta o talento de crianças e adolescentes que conceberam os projetos mais interessantes, úteis e curiosos pelo mundo.

Com informações da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo