Nos últimos 20 anos, celulares, tablets, computadores e videogames portáteis invadiram a vida cotidiana. Quando bem dosado, o uso desses aparelhos eletrônicos não traz riscos à saúde. Porém, quando a dependência dos aparatos tecnológicos já se torna evidente, é preciso ficar atento.

As consequências da exposição prolongada à aparelhos eletrônicos podem ser muitas, de físicas à psicológicas. O isolamento social é apenas uma das consequências da sociedade globalizada. O aplicativo The Somebody (Alguém, em português), foi desenvolvido com o intuito de acabar, em parte, com esse isolamento.

A ferramenta envia uma espécie de mensagens de texto a um estranho por perto e a tarefa do usuário é encontrá-lo e entregá-la verbalmente. Criada pela artista e cineasta norte-americana Miranda Luly, em parceria com a agência de publicidade Stink Digital, o objetivo do app é trazer interações casuais entre as pessoas que não se conhecem.

Primeiramente, os usuários criam um perfil que inclui uma foto pessoal. A partir daí, a ferramenta utiliza o serviço de GPS do telefone. As mensagens podem ser enviadas para qualquer contato que também possui o aplicativo, mas ela não chega diretamente ao dispositivo.

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Em vez disso, a ferramenta envia a localização e a foto do perfil do destinatário e o objetivo é encontrar o remetente, que também recebe uma notificação do local e a foto do desconhecido. Uma vez que eles se encontram, o estranho pode ‘entregar’ a mensagem pessoalmente e iniciar uma conversa.

Se não é um bom momento para que o destinatário ser interrompido por um estranho, então eles podem adiar a mensagem para outra ocasião. Existem outras maneiras de subverter a tecnologia para enfatizar os aspectos mais humanos da vida?