Arquitetas criam plataforma que conecta consumidores conscientes

29/11/2016 00:00 / Atualizado em 02/05/2019 20:05

De volta da ecovila Piracanga (BA), as arquitetas Paula Ferreira Leite, 26 anos, e Fernanda Campi Sophia, 28 anos, tinham um propósito: adotar um estilo de vida sustentável e responsável.

As arquitetas Paula Ferreira Leite e Fernanda Campi Sophia, criadoras da Rede Rizoma
As arquitetas Paula Ferreira Leite e Fernanda Campi Sophia, criadoras da Rede Rizoma

“Queríamos contribuir para que mais pessoas pudessem viver essa transição e acordar para uma nova economia, que tem como base o cuidado com o meio ambiente e as pessoas”, diz Paula.

Nascia a Rede Rizoma, uma plataforma que conecta produtores e consumidores e permite o acesso a produtos sustentáveis a preços justos, baseada num modelo de compra colaborativa.

“Estimulamos a formação de grupos de consumo de acordo com a localização e os interesses de cada indivíduo”, explica. Assim, moradores de um mesmo prédio ou colegas de trabalho podem se unir para comprar artigos de limpeza, por exemplo.

Mas as aquisições não necessariamente estarão restritas a grupos de consumo. “Muito pelo contrário”, ressalta.  E exemplifica: “Os usuários também podem seguir produtores e serem notificados quando eles abrem vendas”.

Paula afirma que “a intenção é gerar coesão social e reduzir deslocamentos e transações dentro da cadeia produtiva, que encarecem o produto final e impactam o meio ambiente”.

O modelo, que passou por um programa de aceleração do Social Good Brasil, foi selecionado para ser incubado pelo Vaitec – programa de valorização de iniciativas tecnológicas, da Agência São Paulo de Desenvolvimento.

Para finalizar a plataforma gratuita, que tem previsão de estar no ar em setembro de 2017, a dupla inicia hoje uma campanha de financiamento coletivo na plataforma Global Giving, com a meta de arrecadar US$ 5.000.

Hoje, Dia de Doar, a Fundação The Bill and Mellinda Gates vai fazer 50% de match para a Rede Rizoma, dobrando o valor que for arrecadado.

“Rizoma faz alusão à estrutura ramificada das plantas, que tem a capacidade de conectar diversos pontos de forma múltipla, criando uma rede difusa e descentralizada, de forma orgânica e espontânea”, diz.

É a forma de organização na qual a dupla pretende chegar. “Com dinamismo nas relações e interações entre os usuários, onde a colaboração prevalece.”

Por QSocial