Artista pernambucano mostra dom e técnica com lápis de cor
Já publicamos aqui o trabalho de alguns artistas estrangeiros que fazem verdadeiras obras de artes usando apenas o lápis. Hoje vamos mostrar os desenhos realistas do pernambucano Mário Freire.
Radicando em Suzano, na Grande São Paulo, Freire utiliza o lápis de cor para dar vida aos mais diversos tipos de desenhos, que à primeira vista, deixam em dúvida o espectador se são desenhos ou fotos.
Com uma técnica impressionante e perícia cuidadosa, o artista pernambucano consegue representar com realismo diversas texturas, luminosidades e volumes em uma folha de papel.
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As temáticas mais exploradas estão relacionadas aos quadrinhos e ao cinema. São desenhos coloridos, em negativo, apenas com o uso de lápis grafite e releituras de obras consagradas, como o quadro “Madonna Of Canon Van der Paele”, de Jan Van Eyck.
Algumas obras levaram até um ano para ficarem prontas, uma vez que a técnica exige muita dedicação e ele divide seu tempo entre as aulas e exposições fora do país. Freire não aceita encomendas, justamente pela falta de tempo. As solicitações são repassadas direto aos alunos. “É uma forma de incentivá-los e formar currículo”, explica o artista paulista.
Trajetória
Na carona de um caminhão, Freire desembarcou em Suzano em 1986, aos 22 anos. Conseguiu um trabalho como operador de ponte rolante em uma estatal na capital paulista, que pouco tempo depois fechou as portas, deixando Freire desempregado.
“Fui trabalhar como servente de pedreiro, mas nem sempre tinha o que fazer. No tempo livre corria para o Centro Cultural de Suzano, onde eram ministradas aulas gratuitas de desenho e comecei a me aperfeiçoar. Criei uma técnica usando lápis de cor e alguns anos mais tarde passei a dar aulas”, conta Freire.
O dom para o desenho já se manifestava desde a infância, mas, por falta de recursos, nunca pôde frequentar uma escola. Ele recorda que também não tinha muito incentivo da família.
O artista, que chegou à Suzano sem grandes perspectivas, hoje é referência no Brasil e no exterior. Em 2007, Mário Freire teve seus trabalhos expostos no famoso Lauderhill Arts Center, nos Estados Unidos.
Mário Freire ainda tem mais um desafio a vencer: “minha obra já imprime realismo. Meu grande objetivo é chegar ao hiper-realismo, uma técnica mais apurada. Estou me esforçando e em breve espero poder mostrar os resultados”, revela.
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