Brasileiro com paralisia cerebral faz corridas de rua e é exemplo
Nos 15 km da Corrida Internacional de São Silvestre de 2017, em São Paulo, o educador físico Bruno Sartori teve a companhia de Alexandre Lima Barros, de 38 anos, atleta com paralisia cerebral.
O percurso, feito em 2h22min, não foi fácil, de acordo com informações do jornal “Folha de S.Paulo”. Uma das dificuldades foi controlar a cadeira de rodas, improvisada com uma rodinha de maca. “Um membro da organização disse que não conseguiríamos. ‘Você tá maluco? Vão correr com essa cadeira?’, ele falou para mim”, diz o educador.
A mesma cadeira de rodas foi utilizada durante a Meia Maratona de São Paulo, também disputada por ambos neste ano.
- Jogador Arthur vira piada no Twitter ao fazer o sacrifício de ir treinar de Ferrari
- São Silvestre, com vencedor decidido no último segundo, é 2019 demais
- Jovem com paralisia cerebral vai escalar as Dolomitas, na Itália
- Devido a descolamento da placenta, Eliana se afasta do trabalho
Eles se conheceram quando Sartori passou a trabalhar em uma ONG, há 13 anos. Interno no local desde 1988, Barros ficava isolado em um quarto. Mas a prática esportiva reverteu esse quadro. “Ao longo dos anos houve grande melhora da autoestima dele. Quando treinamos, ele fica mais sorridente”, conta Sartori. “Hoje, eu marco treino e não preciso mais buscá-lo no quarto, ele vem sozinho. E muitas vezes chega antes de mim e diz que estou atrasado.”
O atleta tem dificuldade para falar, mas sabe ler, além de escrever com os pés. E a corrida não é o único esporte que pratica –é o único cadeirante da ONG que nada sozinho, além de jogar bocha.
Suas atividades motivaram seus colegas da ONG. “O Alexandre virou referência na casa. Os outros perguntam como são os hotéis em que ele fica hospedado, vão até o quarto dele para ver as medalhas”, afirma Sartori.
Leia a reportagem completa na “Folha de S.Paulo”