Atletas transplantados estrelam campanha de doação de órgãos

Todos os anos o Ministério da Saúde lança campanha para incentivar e conscientizar as famílias sobre a importância da doação de órgãos. Com o slogan, “Viver é uma grande conquista. Ajude mais pessoas a serem vencedoras”, a campanha de 2015 tem como tema a alusão ao esporte e aos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016.

A paixão pelo esporte e o ganho na qualidade de vida são os pontos abordados nos depoimentos de atletas transplantados.

As histórias relatadas mostram pontos em comum: a vontade de viver, a paixão pelo esporte e o ganho de qualidade de vida.

“Eu estava bem, estava entre os melhores do mundo ontem e agora estou com problema no rim. Era, definitivamente, para eu esquecer o judô, mas a minha maior motivação era voltar ao tatame, voltar a vestir o quimono, a minha armadura”, relatou o atleta de judô Bruno Cunha, transplantado de rim, um dos atletas que integram a campanha.

Além dos vídeos, que serão divulgados nas redes sociais, a campanha conta com a distribuição de cartazes, broadside (peças publicitárias), e-mail marketing direcionado a profissionais de saúde, além de uma ação nos cinemas que pretende levantar a questão da importância de avisar os familiares sobre o desejo de doar os órgãos.

No Brasil, a autorização para a doação de órgãos é concedida pelos familiares. Dessa forma, para que a vontade em doar os órgãos após a morte seja atendida, é importante avisar a sua família sobre essa decisão e pedir que esse desejo seja atendido.

Resultados

O Brasil teve o melhor primeiro semestre da história no número de doadores efetivos de órgãos, tanto em números absolutos quanto na taxa por milhão de população (pmp). Segundo o Ministério da Saúde, entre janeiro a junho deste ano, 4.672 potenciais doadores foram notificados, resultando em 1.338 doadores efetivos de órgãos.

Essas doações possibilitaram a realização de 12,2 mil transplantes, permitindo o aumento dos procedimentos de órgãos mais complexos como pulmão, coração e medula óssea. Nesse mesmo período, o país alcançou a maior porcentagem de aceitação familiar, que foi de 58%, superando os demais países da América Latina.

Via Portal da Saúde