Biomédica da Unicamp cria método inovador para detectar hanseníase

18/07/2015 00:00 / Atualizado em 02/05/2019 19:42

Uma pesquisa realizada no Laboratório Innovare Biomarcadores da Unicamp (Universidade de Campinas) pela biomédica Estela de Oliveira Lima, com orientada do professor Rodrigo Ramos Catharino, possibilitou o desenvolvimento de método inovador, simples, não invasivo e de baixo custo para o diagnóstico da hanseníase, também conhecida como lepra.

Procedimentos atuais ainda são pouco eficientes, principalmente para as formas mais brandas da doença (Foto: iStock)
Procedimentos atuais ainda são pouco eficientes, principalmente para as formas mais brandas da doença (Foto: iStock)

O novo tratamento funciona da seguinte forma: uma plaqueta de sílica de um cm2 é sobreposta à pele e levemente pressionada por um minuto, tempo suficiente para que o material adsorva as substâncias presentes na sua superfície; ela é então colocada em um tubo com metanol (álcool) que dissolve as substâncias adsorvidas da pele pela sílica; após isso, com a utilização de uma seringa, o líquido sobrenadante é transferido para um espectrômetro de massas de alta resolução, onde são caracterizadas as moléculas presentes.

Por meio deste procedimento, em cerca de cinco minutos, é possível identificar marcadores lipídicos em pacientes da hanseníase diretamente a partir de “imprint” de pele, usando a espectrometria de massas como estratégia de análise. A descoberta é de extrema importância, pois os métodos atuais para a detecção da doença ainda são pouco eficientes, principalmente para as formas mais brandas da lepra.

Via CMais e com informações do “Jornal da Unicamp”