Brasil conquista prata em copa do mundo de física na China
A delegação brasileira que concorreu na edição de 2018 do IYPT (International Young Physicists’ Tournament) –conhecido como a “Copa do Mundo de Física”— recebeu medalha de prata na competição, realizada na China. Essa é uma das disciplinas em que o país tem se saído bem.
São cinco brasileiros estudantes do ensino médio capitaneados por Vinicius de Alcântara Névoa, de 16 anos, do colégio Arena, de Goiânia. Guilhermo Cutrim Costa, do Objetivo, de São Paulo, Victor Barros, do Ari de Sá, em Fortaleza, Gabriel Trigo e Bruno Piazza, ambos do Etapa de Valinhos (SP), completam o time, que venceu o IYPT Brasil e conquistou o melhor resultado do país no torneio internacional.
“A física que esses jovens conhecem é algo absurdo para a idade deles”, enfatiza Samuel Araújo, conhecido como professor Argentino, diretor e responsável pelo departamento de olimpíadas científicas do colégio.
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A competição reconhece os vencedores pela soma das notas. Foram entregues quatro medalhas de ouro aos times de Cingapura, China, Coreia e Alemanha. O Brasil ficou em quinto lugar e somou a mais alta pontuação entre as equipes medalhistas de prata –que ocupam da quinta à oitava posições no ranking–, desbancando campeões clássicos como Suíça, Polônia e Suécia.
Fizeram parte do torneio desafios abertos e investigativos, como construir um sismógrafo, fazer uma fonte de Heron ou válvula de Tesla e investigar e explicar fenômenos naturais.
“Esta foi uma grande responsabilidade e me sinto muito feliz por essa chance de carregar a bandeira do país em uma competição que envolve o mundo inteiro. Demos o nosso melhor e estamos fazendo história com a mais alta prata”, comemorou o estudante capitão do grupo vencedor.
Para Ronaldo Fogo, professor responsável pelas aulas especiais de física do Objetivo e que acompanhou o grupo na China, o torneio desenvolve múltiplas habilidades, como construção de protótipos, análise de dados experimentais, confecção de gráficos e tabelas explicativas, pesquisa na internet, que é em inglês, domínio de técnicas de laboratório, apresentação oral do trabalho e preparação para arguição dos jurados e debates, que implicam no amplo domínio do tema.
“São muitas exigências. Pela dificuldade dos problemas e das apresentações, a atuação do Brasil foi fantástica. O IYPT é muito complexo e extremamente difícil. E ainda há de se considerar que os debates são inteiramente na língua inglesa. Essa conquista coloca de forma definitiva o país entre os melhores do mundo no que diz respeito às olimpíadas científicas, afirma o professor.