Campanha colaborativa financia espaço de trabalho aberto em SP

O Laboriosa 89, hub de inovação e negócios em rede, localizado na Vila Madalena, em São Paulo, utilizado por diferentes profissionais, artistas e empreendedores também paga suas contas de modo colaborativo.

Para mostrar que isso funciona na prática lançaram um financiamento coletivo recorrente, que funciona como uma assinatura, onde a sugestão é que 1000 pessoas contribuam com R$ 20 para que o valor do custo total, mensal, seja alcançado e o espaço mantenha-se aberto para todos.

“Esta é uma campanha para financiar colaborativamente o Lab por quem quer que ela exista de forma livre, colaborativa, sem lucro e transparente”, diz Daniel Larusso, um dos colaboradores.

Segundo Larusso, o objetivo das pessoas que utilizam o espaço é mantê-lo aberto livre, sem hierarquia para todo tipo de uso dentro da lei e que não impeça a utilização por outras pessoas também.

“Tanto o espaço físico, quanto o espaço virtual são inclusivos e podem ser usados independente da contribuição financeira. Mas o espaço físico tem custos pra cobrir”, explica. “Com uma pequena quantia de muitas pessoas, garantimos a existência e a manutenção financeira desse bem comum. E, quem sabe, no futuro, teremos pessoas e dinheiro suficiente para abrir outros espaços com princípios parecidos.”

Para os organizadores da campanha, o financiamento “R$ 1000 x 20 pessoas = Laboriosa 89” é só uma forma de evidenciar que a rede já tem muitas pessoas que juntas podem mantê-lo.

“Esse é o ciclo da abundância. Por acreditarmos que tem espaço pra todo mundo, colaboramos e fazemos com que o custo seja baixo, por pessoa. E, assim, de fato, tornamos viável um ambiente aberto pra quem quiser.”

Para Larusso, a economia colaborativa é uma realidade que tem tudo a ver com o Laboriosa 89. “Mais de 5700 pessoas interagem livremente através do grupo do Lab no Facebook. Se todas contribuírem com R$ 3,50, a conta já está paga. O esforço é para que 1000 contribuam com R$ 20. Mas, provavelmente, alcançaremos o valor total com menos pessoas, já que a média das contribuições até agora é de R$ 50 por pessoa, por mês.”