Proibição de canudos pode afetar pessoas com deficiência
Há um debate acontecendo, inclusive em redes sociais, em reação à proibição dos canudos de plástico em países pelo mundo. Enquanto muitos veem a medida como uma forma positiva de reduzir o desperdício de plástico, proibir canudos pode ter sérias consequências para as pessoas com deficiência. Aqui estão quatro questões que as pessoas com deficiência têm destacado sobre o assunto:
- Canudos de plástico são uma necessidade para alguns
Embora os canudos de plástico sejam um luxo para alguns, eles são uma necessidade para os outros. Os canudos funcionam como uma ferramenta de acessibilidade e têm sido historicamente usados para oferecer independência para algumas pessoas. Por esta razão, alguns defensores dos direitos das pessoas com deficiência pediram um compromisso, que exige que as empresas forneçam canudos de plástico para aqueles que os solicitam, de forma semelhante à ideia da Starbucks. Mas mesmo isso está sendo encarado como uma dificuldade a mais que portadores de deficiência teriam de superar.
- Alternativas têm seus próprios problemas
Defensores dos direitos das pessoas com deficiência expressaram preocupações sobre as limitações das alternativas aos canudos nas mídias sociais. Elas seriam projetadas exclusivamente para evitar queima, asfixia ou ferimentos em outras pessoas. Opções como metal e vidro não podem ser flexionadas como um canudo dobrável. Papel, especialmente, pode representar risco de asfixia. Alternativas biodegradáveis também podem ser mais caras e prejudicar as pessoas com alergias alimentares.
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- Sentir vergonha
Além disso, os críticos dizem que portadores de deficiências já se sentem envergonhadas por expressar preocupações importantes sobre sua saúde. Perguntar se eles ouviram falar sobre as alternativas aos canudos pode ser considerado ofensivo ou paternalista.
- Ser excluído
A proibição mostrou até que ponto as pessoas com deficiência são excluídas das conversas sobre as próprias políticas que as afetam. Elas disseram que também estão preocupadas com o meio ambiente, mas forçá-las a escolher entre o ambientalismo e sua saúde é insensato. Elas também notaram que essa não é a única maneira de reduzir o desperdício de plástico e encorajar legisladores e donos de empresas a adotarem políticas alternativas que respeitem o meio ambiente.
Conclusão: precisamos ser melhores em ouvir pessoas com experiências diferentes das nossas e inclui-las em mudanças políticas que afetam suas vidas.
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